Na busca por fortalecer a agricultura brasileira, foi apresentado, nesta terça-feira, o Plano Safra 2025/2026, que destinará R$ 516,2 bilhões à agricultura empresarial, marcando um aumento de R$ 8 bilhões em comparação ao ano anterior. A cerimônia de lançamento ocorreu no Palácio do Planalto e destacou a importância deste investimento para o setor agropecuário.

O novo plano concentra-se em médios e grandes produtores, abrangendo operações de custeio, comercialização e investimento. As condições variam conforme o perfil do beneficiário e o programa acessado, com informações sobre taxas de juros, prazos e limites de crédito divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Uma das atualizações mais significativas do plano é a exigência, a partir deste ano, para que o crédito rural de custeio agrícola observe as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Essa mudança, que antes se aplicava exclusivamente a operações de até R$ 200 mil para agricultores familiares, agora abrange contratos de valores superiores e aqueles que não exigem a inclusão do Proagro, promovendo uma maior segurança e sustentabilidade nas produções, evitando liberações de crédito em períodos ou áreas inadequadas.

Além disso, os produtores poderão financiar rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito, proporcionando maior flexibilidade no acesso a insumos. A produção de sementes e mudas de essências florestais, nativas ou exóticas, também será contemplada, valorizando a preservação ambiental.

O novo ciclo do Plano Safra conta ainda com medidas que facilitam a renegociação de dívidas para aqueles que enfrentaram dificuldades em safras anteriores, permitindo uma recuperação mais ágil do fluxo produtivo. O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) também teve seu acesso ampliado, permitindo que beneficiários do Pronaf e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) possam acessar o fundo enquanto mantêm contratos ativos.

O incentivo à produção sustentável é uma prioridade, com condições diferenciadas e juros reduzidos para quem adotar práticas ecológicas. O plano também prorrogou a aplicação de um desconto de 0,5 ponto percentual na taxa de juros para operações de crédito rural de custeio entre julho de 2025 e junho de 2026.

Programas voltados à modernização, como Moderagro e Inovagro, foram unificados, facilitando o acesso ao crédito e aumentando os limites disponíveis para investimentos. O subprograma RenovAgro Ambiental agora incluirá ações de prevenção e combate a incêndios, além de estimular a recuperação de áreas protegidas.

Por fim, o programa de armazenagem (PCA) aumentou a capacidade dos projetos, passando de 6 mil para 12 mil toneladas, melhorando a infraestrutura para estocagem e escoamento da produção rural. O limite de renda para enquadramento no Pronamp foi ampliado de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões anuais, permitindo que mais produtores acessem as condições diferenciadas.

Com o lema “Força para o Brasil crescer”, o Plano Safra 2025/2026 ressalta a importância do setor agropecuário para o desenvolvimento do país. A ampliação do crédito e o incentivo a práticas sustentáveis são passos significativos para construir um setor agrícola mais eficiente e alinhado às necessidades do ambiente.

Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária