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Governo federal anuncia importação de 1 milhão de toneladas de arroz após enchentes no RS

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Imagem de KamranAydinov no Freepik
Imagem de KamranAydinov no Freepik

O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, anunciou um leilão público com o objetivo de comprar arroz importado. Este evento ocorrerá dia 6 de junho às 9h, a empresa governamental tem a intenção de adquirir 300 mil toneladas deste grão. O documento oficial com todos os detalhes a respeito do leilão foi recentemente divulgado.

O arroz será comercializado a um preço tabelado, com a embalagem identificada com o selo do governo. Cada quilo será vendido a R$ 4 e o produto deverá estar disponível ao consumidor até setembro. A importação irá atender às especificações do “Arroz Beneficiado, Polido, Longo fino, Tipo 1”, igual ao produzido no Brasil.

Edegar Pretto também destacou o interesse de mercados do Mercosul e outros países na compra do arroz. Para facilitar essas negociações, o governo decidiu eliminar a tarifa de importação (TEC) para que outras nações possam competir em igualdade com os países do Mercosul, onde essa tarifa já era inexistente.

A decisão de importar arroz tem como propósito principal controlar o preço do grão, que sofreu um aumento significativo de 30% a 40% no último mês, particularmente devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Esse estado é responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz e, por conta das cheias, os preços começaram a subir no Brasil e, subsequentemente, no Mercosul.

Recentemente, o governo federal destinou R$ 7,2 bilhões para a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz importado, um volume que corresponde à estimativa de perdas causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Até o momento, o levantamento aponta a perda de aproximadamente 600 mil toneladas ainda no campo, sem contar os danos ocorridos nos armazéns.

Antes das enchentes, a Conab havia projetado uma colheita de 7,4 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. Entretanto, após o desastre, novos cálculos apontam para uma produção total de cerca de 7,1 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), que confirma que grande parte da área plantada já foi colhida.

Apesar da suficiência do arroz gaúcho para abastecer o mercado nacional, o governo justifica a importação para garantir preços mais acessíveis, especialmente diante do papel do arroz na inflação dos alimentos. O preço de R$ 4 por quilo foi calculado com base nos parâmetros de varejo antes do evento climático, aplicando um desconto significativo de 20%.

Finalmente, as autoridades afirmam que a intenção não é competir com a produção nacional, mas estabilizar o mercado. Avaliações futuras irão determinar a necessidade de novos leilões, dependendo da resposta do mercado a esta primeira importação de 300 mil toneladas.

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