A cultura da canola vem ganhando espaço no Brasil, com um aumento significativo de áreas cultivadas nos últimos anos. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Canola (ABRASCANOLA), em 2024 foram cultivados 186.240 hectares em todo o país, sendo o Rio Grande do Sul o principal estado produtor, seguido pelo Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Distrito Federal.
O óleo de canola, extraído dos grãos da planta, é amplamente utilizado na produção de óleo comestível, sendo considerado um dos melhores óleos vegetais em termos de valor nutricional para consumo humano. Além disso, o óleo pode ser utilizado na fabricação de biocombustíveis e em diversos outros setores industriais. O farelo resultante do processo de esmagamento do grão de canola é utilizado na composição de rações para animais.
A canola é uma cultura de inverno e se destaca por sua capacidade de melhorar as condições do solo devido ao seu sistema radicular pivotante. Além disso, sua introdução nos sistemas de produção de grãos auxilia na quebra do ciclo de doenças presentes na região. Por produzir o dobro de óleo por hectare em comparação com a soja, a canola se apresenta como uma alternativa interessante para a rotação de culturas, contribuindo para a estabilidade e aumento da produtividade dos grãos no Brasil.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a canola tem sido uma importante ferramenta de gestão de risco climático, permitindo identificar ambientes favoráveis para o cultivo da oleaginosa com base em análises das condições climáticas e de solo. Os últimos estudos realizados indicam municípios e épocas preferenciais de semeadura, levando em consideração os riscos de geada, seca e outros eventos meteorológicos adversos.
Com o apoio da Embrapa, do Ministério da Agricultura e do Banco Central do Brasil, o ZARC para a canola tem contribuído para a expansão da área cultivada, a redução de perdas de produtividade e a estabilidade da produção dessa oleaginosa no país.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária