O desenvolvimento do primeiro protocolo de qualidade e rastreabilidade do pinhão pela Embrapa e parceiros é um marco importante. Este protocolo é fundamental para a obtenção do selo de Indicação Geográfica (IG), que garante mais qualidade ao consumidor e valoriza o produto no mercado. Duas cooperativas paranaenses estão prontas para adotar esses critérios a partir de 2025. A padronização no Paraná servirá de exemplo para outros estados produtores, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
A Embrapa Florestas (PR) liderou o desenvolvimento do protocolo, que abrange desde a coleta até o consumo do pinhão, garantindo a qualidade do produto. Este avanço deve impulsionar a cadeia produtiva e agregar valor ao pinhão, um alimento regional de crescente importância no mercado nacional e potencial internacional.
O protocolo fornece diretrizes técnicas para todas as etapas da produção e comercialização, incluindo coleta, transporte, beneficiamento, acondicionamento e armazenamento, além de rotulagem e identificação de lotes. A rastreabilidade é um ponto chave, permitindo que os consumidores conheçam a origem e a data de colheita do pinhão, assegurando frescor e qualidade.
Pesquisas anteriores da Embrapa, como o artigo “Consumidor de pinhão: hábitos, atributos de importância e percepção” e estudos sobre a separação e conservação do pinhão, fundamentaram a criação do protocolo. Esses estudos ressaltam a necessidade de melhorar a qualidade e rastreabilidade do pinhão para aumentar sua vida útil e valor de mercado.
A rastreabilidade garante que o pinhão seja monitorado desde a colheita até o consumo, com testes que identificam sementes de alta qualidade. Após a colheita, o pinhão deve ser armazenado corretamente para manter sua qualidade. A transparência proporcionada pela rastreabilidade aumenta a confiança do consumidor e alinha o produto com objetivos de desenvolvimento sustentável.
Cooperativas como a Nascente e a Provale estão na vanguarda da adoção do protocolo. Elas planejam implementar práticas de qualidade e rastreabilidade a partir de 2025, visando oferecer um produto de melhor qualidade e aumentar a renda dos produtores.
A rastreabilidade é um passo crucial para obter o selo de Indicação Geográfica (IG), que agrega valor ao pinhão e beneficia tanto produtores quanto consumidores. Localidades como Lagoa Vermelha (RS), Painel (SC), Inácio Martins (PR) e Cunha (SP) já estão envolvidas no processo de caracterização para a IG, mostrando o potencial de crescimento e organização da cadeia produtiva do pinhão.
Fonte: Embrapa
Foto: Luiz Costa