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Estudo revela impacto do El Niño e La Niña na produtividade da soja no DF.

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El Niño e La Niña podem afetar a região Central do Brasil, além das regiões Norte, Nordeste e Sul do país, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa. O estudo mostrou que a precipitação média é 40% menor nos anos de El Niño em comparação aos anos de La Niña, nos meses principais para o ciclo vegetativo da soja na região.

Os pesquisadores observaram a ocorrência dos eventos ao longo do tempo e associaram séries históricas de registros climáticos em Planaltina (DF). Eles utilizaram valores mensais do Indicador Oceânico Niño (ION), um índice fornecido pela Agência Espacial Norte-americana, desde 1950, para classificar os anos em grupos.

Com base nesses dados, foi possível identificar a relação entre os anos de El Niño e a forte redução na precipitação acumulada nos meses de outubro, novembro e dezembro na região de Planaltina, no Distrito Federal. Isso teve um impacto negativo na produtividade da soja, especialmente nas primeiras datas de semeadura, nos anos de El Niño.

O estudo mostrou que a produtividade da soja foi muito inferior nos anos de El Niño em comparação com os demais grupos, especialmente quando o plantio foi realizado nos meses de setembro e outubro. No pior caso, a diferença na produtividade foi significativa, mostrando a importância de se planejar o plantio de acordo com os eventos do ENOS.

Os pesquisadores também enfatizaram a importância dos sistemas de alerta precoce e ações antecipadas para reduzir os impactos negativos das condições meteorológicas extremas durante os eventos de El Niño e La Niña. O próximo passo será identificar períodos-chave antes do plantio da soja, nos quais a variabilidade do ION ou de outros indicadores do ENOS estejam relacionados com a produtividade da cultura, para que os tomadores de decisão possam planejar adequadamente.

O fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS) é um dos mais importantes de variabilidade climática global interanual e afeta as regiões Norte, Nordeste, Sul e Central do Brasil. Por alterar a quantidade e distribuição temporal da chuva, o ENOS pode comprometer a segurança alimentar pela redução da produção agrícola. Por isso, é fundamental compreender e monitorar esses eventos para garantir a sustentabilidade da agricultura brasileira.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Fabiano Bastos / Embrapa

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