Uma pesquisa envolvendo três insetos-praga importantes da fruticultura foi realizada, a mosca-das-frutas-oriental, a mosca-das-frutas-do-mamão e a traça europeia dos cachos da videira. Os resultados foram compartilhados com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e servirão de base para ações de monitoramento, prevenção e controle fitossanitário.

O estudo identificou regiões e polos produtores brasileiros que são mais propícios ao desenvolvimento desses insetos-praga quarentenários. Além disso, foram incluídas estratégias de controle levando em consideração as vulnerabilidades ambientais e características específicas de cada região. A pesquisa também analisou os produtos e estratégias utilizados em países onde essas pragas já causam danos, a fim de agilizar futuras ações do Ministério da Agricultura.

A análise focou em Anastrepha curvicauda, Bactrocera dorsalis e Lobesia botrana, insetos ainda não encontrados no Brasil, mas que se um dia chegarem, representariam uma ameaça significativa para a agricultura nacional. O objetivo da pesquisa foi antecipar e prever os possíveis locais no Brasil onde essas pragas poderiam se estabelecer.

A Embrapa realizou um mapeamento detalhado das regiões do Brasil e identificou os períodos do ano em que essas pragas encontrariam condições favoráveis para seu desenvolvimento, levando em consideração fatores climáticos e a presença de culturas hospedeiras. Além disso, foram identificados possíveis inseticidas e agentes de controle biológico que poderiam ser utilizados caso esses insetos-praga sejam detectados no país.

Para realizar esse zoneamento, foram utilizados dois métodos principais: dados de faixas de temperatura e umidade e algoritmos que cruzam informações ambientais de regiões afetadas no exterior com condições similares no Brasil. Com base nesses estudos, foram identificados potenciais locais para a proliferação dessas pragas e a instituição já indicou estratégias de controle que podem ser implementadas como parte do Manejo Integrado de Pragas.

A pesquisa também avaliou a possibilidade de utilização de agrotóxicos e agentes de controle biológico no caso da detecção dessas pragas no Brasil, visando reduzir os impactos ambientais. Todos os resultados foram compilados em relatórios detalhados para a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, subsidiando políticas públicas e regulamentações para o controle fitossanitário das pragas.

O estudo contou com a participação de diversas unidades da Embrapa, bem como fiscais federais do Ministério da Agricultura, visando fornecer informações essenciais para o enfrentamento potencial dessas pragas no Brasil. A cooperação e a sustentabilidade foram pilares fundamentais durante todo o processo de pesquisa, visando garantir a segurança e a eficácia das medidas de controle a serem adotadas.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Federico_Figueroa_Cabezas_iNaturalist_Research-grade_Observations / Embrapa