O avanço da inteligência artificial tem sido um dos principais temas de discussão nos mais diversos setores da sociedade atual. No entanto, um assunto que ganha destaque e não pode ser negligenciado é a economia da longevidade, também conhecida como Economia Prateada. Esse conceito se refere ao mercado formado por pessoas com mais de 50 anos, tanto como profissionais quanto como consumidores.
Nos Estados Unidos, esse grupo detém 80% da riqueza familiar e representa metade do consumo, enquanto no Brasil são 54 milhões de consumidores movimentando R$1,6 trilhão por ano, com uma projeção de atingir 90 milhões até 2045. A tendência é que a população idosa supere a de crianças em países como os Estados Unidos até 2034 e no Brasil possivelmente em 2030.
Apesar desse cenário promissor, ainda é possível observar a falta de atenção por parte das organizações em relação à Economia Prateada. Poucas empresas desenvolveram estratégias abrangentes para explorar o potencial desse mercado crescente. A mudança demográfica global, com um aumento da população com mais de 50 anos, mostra a importância econômica desse segmento e levanta a questão: como a Economia Prateada poderá impulsionar o consumo de carne caprina?
A demanda por carnes é influenciada por diversos fatores, como capacidade produtiva, fatores econômicos, culturais e sociais. No entanto, estudos recentes apontam que, especialmente em países mais desenvolvidos, os preços e rendimentos têm um poder menor de explicar alterações na demanda por carnes. Questões como saúde, bem-estar e preocupações ambientais têm ganhado cada vez mais relevância nas escolhas dos consumidores.
Nesse contexto, a carne caprina desponta como uma opção saudável, com menor teor de gordura em comparação a outras carnes como frango, bovina e suína. Com seu alto valor nutritivo e fácil digestão, a carne caprina tem potencial para conquistar o segmento da população mais velha, atendendo às novas demandas do mercado. Ações estratégicas voltadas para destacar os benefícios desse alimento para a saúde e bem-estar podem impulsionar seu consumo, tornando-a um elemento essencial na Economia Prateada.
Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Gentil Barreira / Embrapa