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Deputada Coronel Fernanda cria grupo de trabalho para negociar moratória da soja em audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

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Audiência Pública - Moratória da soja. Dep. Coronel Fernanda(PL - MT)

Na última quinta-feira, a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados se reuniu para discutir a polêmica moratória da soja, que exige um certificado de que o grão não foi produzido em áreas desmatadas da Amazônia após julho de 2008. A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) decidiu criar um grupo de trabalho para buscar a negociação entre produtores rurais e exportadores sobre esse tema.

Durante a audiência, as partes envolvidas mostraram suas preocupações e posições já estabelecidas. O diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, destacou a importância da moratória para a credibilidade internacional dos produtores brasileiros e para os preços dos grãos. Por outro lado, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) consideram a moratória uma “aberração” e defendem sua extinção.

Além disso, o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Candia, criticou a “moratória da carne” imposta aos frigoríficos, alegando que os produtores foram prejudicados de forma unilateral. Atualmente, diversos países, como União Europeia, Inglaterra, Tailândia, e China, exigem certificados de que a soja não foi produzida em áreas desmatadas da Amazônia após 2008.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar, ressaltou que a Amazônia possui áreas que não são consideradas desmatadas e podem ser utilizadas para a produção de soja. No entanto, ele reconheceu a falha na ausência de representantes dos produtores rurais na gestão da moratória.

A deputada Coronel Fernanda propôs a participação de representantes dos municípios e da Frente Parlamentar da Agropecuária na gestão da moratória, além de auditoria externa no processo de certificação. A próxima reunião está prevista para maio, onde novas discussões e possíveis acordos poderão ser realizados. A questão do desmatamento legal e ilegal também será abordada, com o objetivo de punir aqueles que cometem crimes ambientais.

Com informações da Camara dos Deputados