A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) está realizando uma importante ação para proteger a cacauicultura nacional contra a monilíase, uma séria doença que afeta o cacaueiro. Clones de cacau desenvolvidos ao longo de 15 anos foram enviados para testes no Equador e Costa Rica, em parceria com instituições locais de pesquisa.
Esses clones foram criados a partir de fontes de resistência à monilíase provenientes do Equador, Costa Rica, Peru e Trinidad e Tobago, bem como de outras doenças que afetam o cacaueiro. Eles foram enviados para serem testados em áreas com alta incidência da doença, visando reduzir os impactos causados pela monilíase no Brasil.
Para garantir a segurança agropecuária, as amostras foram quarentenadas por cinco anos pelo Centro Nacional de Recursos Genéticos da Embrapa. A monilíase é uma doença presente em todos os países produtores de cacau na América Latina, mas ainda não chegou às principais regiões produtoras do Brasil, como Bahia, Pará, Rondônia e Espírito Santo.
Desde 2005, a Ceplac vem realizando um programa de pesquisas preventivas em parceria com países vizinhos, com o objetivo de estudar a genômica do fungo causador da monilíase e sua capacidade de adaptação às medidas de controle. Além disso, foram desenvolvidos kits genômicos para detectar rapidamente a doença, testados agentes de controle biológico e obtidas informações de medidas de controle bem-sucedidas em outros países.
O envio dos clones para testes faz parte deste programa, visando o desenvolvimento de variedades de cacau resistentes à monilíase. Os resultados dos testes serão utilizados para recomendar novas variedades aos cacauicultores brasileiros, a fim de manter a sanidade da cadeia cacaueira no país. Para mais informações, a imprensa pode contatar imprensa@agro.gov.br.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária