No dia 28 de maio, a Embaixada do Brasil em Santiago organizou um evento voltado para a promoção do abacate hass brasileiro no Chile. O encontro visou reunir importadores, operadores logísticos e autoridades chilenas com o propósito de incrementar o comércio bilateral e destacar o potencial da fruta brasileira.

A ação foi realizada em parceria com a Abrafrutas, por meio do projeto “Frutas do Brasil”, e contou com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O evento atraiu 72 participantes, incluindo representantes da agroexportação, do Ministério da Agricultura chileno (SAG), além de membros da imprensa e da sociedade civil. O adido agrícola brasileiro no Chile, Rodrigo Padovani, também esteve presente e prestou apoio ao evento.

Durante a reunião, o embaixador brasileiro, Paulo Roberto Soares Pacheco, ressaltou as amplas oportunidades de expansão do comércio bilateral, enfatizando que o Brasil ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores mundiais de frutas. Embora as exportações de frutas brasileiras para o Chile tenham alcançado um valor modesto de pouco mais de US$ 12 milhões em 2024, o evento evidenciou o potencial significativo de crescimento desse setor, impulsionado pela crescente demanda por frutas tropicais no mercado chileno. Essa demanda tem se intensificado especialmente em virtude da presença de comunidades oriundas da Colômbia e da Venezuela no Chile.

O gerente da Abrafrutas, Jorge Souza, apresentou informações relevantes, destacando que, apesar do Brasil ser um dos maiores produtores de frutas do mundo, apenas 2,3% de sua produção é destinada à exportação. Em 2024, o país conquistou quatro novos mercados para o abacate, incluindo o Chile, além de Costa Rica, Japão e Índia.

A qualidade, sabor e textura do abacate brasileiro foram amplamente elogiados, especialmente por sua disponibilidade durante o período de entressafra no Chile, que vai de fevereiro a setembro. A logística eficiente e a rastreabilidade do produto também se mostraram fatores chave que reforçam a competitividade do abacate brasileiro, que já atende a mais de dez destinos internacionais.

Além de focar na promoção do abacate, o evento suscitou interesse por outras frutas brasileiras, como manga, goiaba, abacaxi e mamão papaia, ampliando assim as oportunidades de diversificação das exportações. A expectativa após o evento é que ações fitossanitárias e comerciais sejam coordenadas, a fim de tirar proveito das oportunidades identificadas, colocando o Brasil em uma posição cada vez mais forte como fornecedor confiável de frutas tropicais de alta qualidade, tanto no mercado chileno quanto em outros mercados internacionais.

Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária