Na Conferência das Partes das Convenções de Roterdã, Estocolmo e Basileia, que ocorreu entre os dias 28 de abril e 9 de maio em Genebra, Suíça, o Brasil apresentou um posicionamento técnico e estratégico em relação às exigências internacionais sobre produtos químicos e poluentes, enfatizando a relevância da sustentabilidade e competitividade na agricultura nacional. Representado pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, o país procurou alinhar sua postura com as diretrizes de proteção ambiental, sem comprometer a capacidade produtiva do setor agrícola.
A Convenção de Roterdã, que regula o consentimento prévio informado (PIC) para o comércio internacional de substâncias químicas perigosas, visa garantir que os países estejam cientes e preparados para lidar com os riscos associados a esses produtos. Já a Convenção de Estocolmo foca na eliminação ou restrição de poluentes orgânicos persistentes (POPs), buscando proteger tanto a saúde humana quanto o meio ambiente.
Durante as discussões, Goulart enfatizou a necessidade de que as decisões internacionais considerem os impactos diretos sobre a produção agrícola e a economia do Brasil. O secretário destacou a importância de critérios técnicos e científicos que respeitem as particularidades do setor agropecuário, permitindo que o país mantenha sua competitividade e segurança alimentar.
Um exemplo relevante apontado na conferência foi a produção de algodão brasileiro, que, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), já conta com 84% de suas lavouras certificadas com práticas agrícolas sustentáveis. Este dado evidencia o compromisso do Brasil com a agricultura responsável e a adoção de métodos que visam não só o aumento da produtividade, mas também a proteção ambiental.
Além de Carlos Goulart, a conferência contou com a participação de outros representantes do setor agropecuário, como José Victor Torres, coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, e Marina Dourado, chefe da Divisão de Produtos Técnicos. A presença de tais especialistas reforça a intenção do Brasil de se manter ativo e relevante nas discussões globais sobre práticas agrícolas seguras e sustentáveis.
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Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária