Nesta terça-feira, 10 de outubro, ocorreu em Brasília o 3º Workshop Setor Agropecuário na Gestão da Água – Irrigação e Energia, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O evento comemora o Dia Nacional da Agricultura Irrigada e se propôs a discutir os desafios energéticos enfrentados na irrigação no Brasil, considerando a atividade como crucial para a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental.
O encontro contou com a participação de especialistas, representantes de instituições públicas e privadas, produtores e profissionais do setor energético. O foco das discussões foi a irrigação, que é reconhecida como uma atividade estratégica para a adaptação da agropecuária às mudanças climáticas e para o uso eficiente dos recursos naturais.
Durante o painel “Energia e Água para o Desenvolvimento do Campo”, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Pedro Neto, enfatizou o compromisso do Plano Setorial para a Agropecuária Brasileira (ABC+) com o desenvolvimento de tecnologias para sistemas irrigados. Ele destacou a importância de uma abordagem integrada para resolver os desafios relacionados à outorga, à energia e à assistência técnica, além de buscar a consolidação de créditos financeiros acessíveis. Neto também mencionou a necessidade de incluir sistemas irrigados nas discussões sobre carbono e serviços ambientais, essenciais para o avanço da agricultura.
O presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt, comentou sobre a posição do Brasil em relação ao uso de tecnologias sustentáveis. Ele ressaltou que o país está à frente em inovações no campo agrícola, propondo modelos de gestão que garantam competitividade e, ao mesmo tempo, promovam a segurança alimentar, a geração de empregos e a melhoria da renda rural.
Giuseppe Vieira, secretário de Segurança Hídrica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), abordou o esforço do órgão em levar água a regiões semiáridas, contribuindo para o crescimento da agricultura irrigada em áreas com baixo índice de chuvas. Ele mencionou também o potencial de expansão da irrigação sem a necessidade de desmatamento, o que pode impulsionar o desenvolvimento econômico regional.
Como parte do evento, foi apresentado um estudo detalhando a demanda energética presente e futura da agricultura irrigada no Brasil, fornecendo dados importantes para embasar políticas públicas, planejamento setorial e investimentos em infraestrutura no setor. Essa iniciativa busca viabilizar um futuro mais sustentável e eficiente para a agropecuária nacional.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
