Representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) apresentaram o projeto “Cacau Brasil Agrofloresta” durante um painel sobre os biomas da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, promovido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O evento ocorreu na AgriZone e teve como foco a importância das práticas agroflorestais na produção de cacau.
O “Cacau Brasil Agrofloresta” foi oficialmente lançado em 11 de novembro, em uma parceria entre o IICA, a Ceplac e o Fundo Verde para o Clima. A iniciativa visa abordar os desafios relacionados às mudanças climáticas e à necessidade de preservar a biodiversidade nos biomas Amazônia e Mata Atlântica. Durante a apresentação, os representantes detalharam como o projeto se alinha a compromissos internacionais e busca enfrentar a pressão crescente por desmatamento na região.
O diretor da Ceplac, Thiago Guedes, ressaltou a relevância desse projeto como uma medida estratégica, destacando que a instituição tem um papel histórico na formulação de políticas públicas voltadas à cultura do cacau. Segundo ele, o compromisso da Ceplac é implementar soluções baseadas em ciência, inovação e tecnologia para reposicionar o cacau brasileiro como protagonista em um cenário de crescimento sustentável.
Com 68 anos de atuação em diferentes biomas, a Ceplac tem se concentrado na pesquisa, na assistência técnica e na integração com os produtores. A ampliação de crédito e o fortalecimento da assistência técnica são considerados essenciais para que o cultivo do cacau, em sistemas agroflorestais, contribua para a mitigação de emissões de carbono, ao mesmo tempo que gera renda e promove uma produção mais sustentável.
O projeto busca combater a tendência de desmatamento por meio do plantio de cacaueiros em sistemas agroflorestais (SAFs) no Pará e na Bahia, utilizando tecnologias que favorecem a produção de forma sustentável. Com uma duração prevista de quatro anos, a iniciativa contará com investimentos totalizando US$ 31 milhões, dos quais mais de US$ 23 milhões virão do Fundo Verde para o Clima.
A proposta é implantar mais de 12 mil hectares em SAFs, com o objetivo de sequestrar cerca de cinco milhões de toneladas de carbono durante sua execução. Fernando Teixeira, representante técnico da Ceplac, comentou que o projeto dará ênfase especial a jovens e mulheres no meio rural, implementando diagnósticos que ajudem a identificar e mitigar a degradação das propriedades. Além disso, ao promover a conectividade entre áreas de floresta e fortalecer a formação técnica, a iniciativa visa ampliar a renda e estabelecer sistemas agrícolas sustentáveis, baseados no cacau. Aproximadamente 69 mil beneficiários nas regiões da Bahia e Pará serão impactados positivamente pela ação.
A colaboração entre a Ceplac, o IICA e sistemas como o Faepa/Senar mostra um esforço conjunto para transformar a agricultura cacaueira em um modelo de sustentabilidade. Para mais informações, é possível contatar o setor de imprensa.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













