O impacto das mudanças climáticas na saúde animal e na produção pecuária foi abordado em um painel realizado no espaço AgriZone, durante a COP 30 em Belém (PA). O evento, que reuniu especialistas e profissionais da área, focou em como adaptar os sistemas de saúde animal para enfrentar fenômenos climáticos como secas prolongadas, enchentes e ondas de calor, que têm se tornado cada vez mais comuns.
Os participantes do encontro discutiram que as mudanças climáticas podem influenciar a ocorrência e o comportamento de doenças em animais, exigindo novas abordagens de monitoramento e resposta. O objetivo central do painel foi fortalecer os sistemas de saúde animal, promovendo a cooperação técnica entre diferentes nações e assegurando a produção de alimentos em um mundo em constante transformação.
Um dos pontos destacados foi a necessidade de atualizar as estruturas de defesa agropecuária. Os especialistas apontaram que a saúde dos animais está sendo impactada por mudanças climáticas extremas, o que representa um desafio constante para os serviços veterinários. É essencial que esses serviços se reestruturem para lidar com as novas realidades impostas pelas variações climáticas, considerando que fenômenos climáticos severos afetam a circulação de doenças entre os rebanhos.
O Brasil tem se esforçado na modernização de seus métodos de vigilância e avaliação sanitária, com a colaboração de diversas instituições. Esse esforço inclui a participação de representantes da academia, pesquisa e do setor agropecuário, que compartilharam experiências e propostas para aprimorar os sistemas de saúde animal.
A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) enfatizou durante o painel a interconexão entre a saúde animal, humana e ambiental, defendendo a abordagem de Saúde Única. Esse conceito é crucial para entender como eventos climáticos extremos não apenas alteram a dinâmica das doenças, mas também ameaçam a segurança alimentar e o sustento de famílias em regiões que dependem da pecuária.
O debate continuará na próxima sessão, onde serão apresentadas estratégias para integrar a saúde animal nas iniciativas internacionais de adaptação às mudanças climáticas. Esta discussão está alinhada com as agendas de produção sustentável, bem-estar animal e inovação na vigilância sanitária, buscando fortalecer políticas e financiamento que apoiem sistemas produtivos mais resilientes frente aos desafios impostos pelo aquecimento global.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













