O Ministério da Agricultura e Pecuária recentemente instituiu o Plano Nacional de Prevenção e Vigilância da traça-da-maçã, cientificamente conhecida como Cydia pomonella, por meio da Portaria SDA/Mapa nº 1.369/25. A divulgação dessa norma foi feita através do Diário Oficial da União, com a finalidade de intensificar as estratégias de monitoramento e controle fitossanitário, garantindo que o Brasil mantenha sua status de país livre dessa praga, reconhecido globalmente desde 2014.

A Cydia pomonella é uma das pragas mais devastadoras para as plantações de maçã e pera, sendo capaz de causar grandes danos econômicos se for introduzida no território nacional. Por conta disso, as iniciativas de monitoramento nos locais de entrada e nas áreas produtivas são vitais. O novo plano visa fortalecer as ações já existentes, proporcionando uma resposta mais eficaz ao risco representado por essa praga.

Entre as principais diretrizes do plano, destaca-se a implementação de armadilhas com feromônios em áreas identificadas como de risco, além da fiscalização rigorosa nos pontos de entrada de produtos vegetais. Também são contempladas ações de educação sanitária, capacitação de fiscais e agentes relacionados à defesa agropecuária, bem como a definição de protocolos emergenciais para contenção e erradicação em casos de detecção da praga.

A importância do plano se reflete na proteção das plantações de maçã e pera, que possuem um papel econômico e social significativo em diversas regiões do país. As práticas de integração entre os órgãos federais e estaduais de defesa vegetal, juntamente com a colaboração do setor produtivo, são essenciais para a criação de uma rede de prevenção robusta.

Em termos de biologia, a Cydia pomonella é uma mariposa de origem europeia que já se encontra em diferentes países da América Latina, como Chile, Argentina e Uruguai, que são destacados produtores de maçãs e peras. No Brasil, as regiões mais afetadas por essa praga potencial incluem a Serra Gaúcha, o Planalto de Santa Catarina e o Sul do Paraná. As larvas dessa mariposa atacam diretamente os frutos, comprometendo sua qualidade e, consequentemente, seu valor de mercado. A entrada dessa praga no Brasil poderia ocasionar restrições nas exportações, prejudicando a competitividade do setor, atualmente beneficiado pelo status de país livre da Cydia pomonella.

Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária