Na última quarta-feira, um importante encontro ocorreu entre os ministros da Agricultura e Pecuária e da Integração e do Desenvolvimento Regional, com o objetivo de discutir um problema agrário significativo: a vassoura-de-bruxa da mandioca, uma doença que tem afetado a produção agrícola no estado do Amapá. Causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae, essa praga já foi identificada em dez municípios da região, comprometendo a segurança alimentar de várias comunidades, tanto indígenas quanto não indígenas.
No cenário atual, o controle e o enfrentamento dessa praga tornaram-se uma prioridade nas ações do Ministério da Agricultura, que tem buscado atuar de forma integrada. O Ministério está implementando convênios e investimentos totais de R$ 2,2 milhões para apoiar não apenas o combate à doença, mas também o sustento dos produtores locais e o abastecimento de alimentos. O foco é garantir uma resposta efetiva às necessidades emergentes causadas pela epidemia, e o compromisso assumido é o de disponibilizar mais recursos, caso necessário, assegurando que o trabalho dos agricultores não seja prejudicado.
Diversas medidas estão sendo tomadas para minimizar os danos. O Ministério autorizou a venda segura da mandioca braba e da macaxeira, permitindo que os produtores continuem gerando renda enquanto fornecem alimentos essenciais à população. Essa flexibilidade inclui a permissão para o processamento, corte e embalagem da macaxeira diretamente nas áreas de produção, facilitando a distribuição para feiras e supermercados. Quanto à mandioca braba, utilizada na produção de farinha, há uma flexibilização nas normas de comercialização que permite o processamento em casas de farinha móveis nas comunidades rurais.
Outra abordagem importante envolve os investimentos em pesquisa e inovação, liderados pela Embrapa. Esses esforços visam desenvolver variedades de mandioca que sejam resistentes ou tolerantes à vassoura-de-bruxa, a fim de assegurar um ciclo produtivo sustentável. Como parte da estratégia imediata, mudas saudáveis estão sendo distribuídas, garantindo alimentos para a população do Amapá até que novas variedades sejam disponibilizadas.
O trabalho colaborativo entre diferentes níveis de governo também tem se mostrado fundamental na mitigação dos impactos econômicos e sociais da doença. A mandioca é um alimento essencial na dieta dos moradores da região, e o apoio contínuo é vital para assegurar que as comunidades enfrentem a crise com resiliência e adaptabilidade.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária