Na última segunda-feira, dia 17, ocorreu um painel focado em pecuária sustentável na Amazônia, em um evento promovido pela The Nature Conservancy (TNC) na AgriZone da COP30, em Belém. O debate contou com a presença de Carlos Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária, que expôs a relevância das práticas sustentáveis para aumentar a competitividade do setor agropecuário brasileiro.
Augustin enfatizou que a adoção de métodos sustentáveis é essencial para que os produtores possam se destacar no mercado internacional. Ele destacou a importância da rastreabilidade, afirmando que a capacidade de rastrear a origem dos produtos confere um valor agregado e maior qualidade aos mesmos. Além disso, ele também ressaltou que a assistência técnica desempenha um papel crucial para o sucesso dos produtores. Segundo ele, não é apenas a taxa de juros baixa que importa, mas sim o suporte técnico que os agricultores recebem. “Se o produtor não souber como manejar sua produção, isso comprometerá o resultado”, comentou.
A TNC, uma renomada organização ambiental com atuação global, apoia e participa da implementação do Programa Caminho Verde Brasil. Rodrigo Freire, um dos líderes da ONG, descreveu a iniciativa como inovadora e salientou que a melhoria na qualidade dos pastos é fundamental para a manutenção da sustentabilidade na produção agropecuária. “A sustentabilidade é um caminho sem volta”, observou Freire.
Ângela de Jesus, representante da Federação dos Trabalhadores Rurais do Pará, também compartilhou sua visão sobre a importância do programa. Ela afirmou que o Caminho Verde Brasil se alinha com a busca por práticas adequadas e assistência técnica que garantam tanto a qualidade quanto a produtividade. “Não queremos abrir novas áreas, mas sim recuperar as já degradadas”, disse.
O Programa Caminho Verde Brasil tem como objetivo restaurar até 40 milhões de hectares de áreas degradadas, convertendo-as em sistemas sustentáveis de produção agropecuária e florestal nos próximos dez anos. Essa iniciativa busca aumentar a produção de alimentos e biocombustíveis sem a necessidade de desmatamento de novas áreas, promovendo, assim, a segurança alimentar e reforçando a transição energética.
Os produtores que se comprometerem a participar do programa poderão acessar linhas de crédito com juros reduzidos em dez instituições financeiras habilitadas. Para isso, devem seguir condições como a proibição de desmatamento de novas áreas durante o financiamento e a realização de um balanço anual de carbono, além de atender a exigências ambientais e trabalhistas. Essa abordagem visa não apenas a sustentabilidade, mas também o fortalecimento do Brasil na agenda global de desenvolvimento sustentável.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













