Na última terça-feira, 18 de outubro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou de um importante painel no Super Pollutants Pavilion durante a COP30. Este espaço é voltado para discussões acerca do metano e de outros poluentes climáticos de curta duração. O encontro contou com a presença de Luis Rangel, auditor fiscal federal agropecuário, que dialogou com especialistas da Climate and Clean Air Coalition (CCAC), Climate Eats e representantes de diversos países, incluindo a Nigéria, focando na cooperação internacional para promover práticas sustentáveis na pecuária.
Durante o evento, foi destacado que o Brasil possui uma rica diversidade em sua produção pecuária, o que proporciona experiências valiosas a serem compartilhadas, além de oportunidades de aprendizado mútuo, principalmente em contextos de cooperação Sul-Sul. Essa diversidade se traduz em uma ampla gama de perfis de produtores, incluindo desde pequenos agricultores familiares até grandes fazendas, cada um enfrentando diferentes realidades em termos de acesso ao crédito, desafios ambientais e sistemas produtivos variados.
Rangel destacou que a complexidade do setor exige abordagens multifacetadas para enfrentar questões como o manejo de resíduos, a fermentação entérica, a intensificação da produção de forma sustentável e a adoção de aditivos alimentares que já estão sendo utilizados no país. Ele também trouxe à tona a relevância dos instrumentos de crédito disponíveis, que variam do microcrédito, voltado para pequenos produtores, a linhas de financiamento maiores, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), atendendo assim diferentes escalas de produção.
Adicionalmente, Rangel abordou a significativa presença da atividade pecuária em 98% dos municípios brasileiros, o que sublinha a necessidade de fortalecer as métricas e aprimorar os dados relacionados às emissões de gases. Ele argumentou que a transição do nível de avaliação de tier 2 para tier 3 será crucial para aumentar a precisão nos inventários de emissões, permitindo o desenvolvimento de políticas públicas mais eficientes que atendam aos desafios climáticos do setor.
Esse tipo de diálogo e a troca de conhecimentos são essenciais para a evolução da pecuária sustentável, garantindo um futuro mais equilibrado entre a produção agropecuária e a preservação ambiental.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













