Na manhã desta segunda-feira, 28 de agosto, os secretários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Guilherme Campos, responsável pela Política Agrícola, e Luís Rua, que cuida do Comércio e Relações Internacionais, realizaram uma apresentação na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O foco do encontro foi o novo Plano Safra e as estratégias voltadas para mitigar os potenciais impactos no agronegócio brasileiro, especialmente em relação à alíquota de 50% sobre importações, recentemente anunciada pelos Estados Unidos e que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Durante o evento, os secretários participaram da reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), um colegiado que congrega diversos representantes do setor agroindustrial paulista. Os líderes do Mapa enfatizaram a importância de continuar a busca por novos mercados para os produtos brasileiros, citando especificamente áreas como a carne, café e suco de laranja, que podem ser mais afetadas pelas novas tarifas.
Luís Rua trouxe informações relevantes sobre a abertura de novos mercados internacionais, destacando que, desde o início de 2023, foram estabelecidos 397 novos destinos para os produtos brasileiros, além de 200 ampliações em mercados já existentes. Embora cerca de um terço das exportações do agronegócio brasileiro tenha como destino os Estados Unidos, algumas categorias, principalmente em São Paulo, revelam percentuais ainda mais elevados. O secretário ressalta que há duas frentes de atuação em andamento: por um lado, as negociações com outros países; por outro, a diversificação de mercados.
Guilherme Campos também se dirigiu aos participantes, apresentando o Plano Safra 2025/2026, que se destaca por ser o maior já lançado, com um total de R$ 516,2 bilhões disponíveis para a agropecuária empresarial. O secretário ressaltou os desafios impostos pela alta taxa Selic, atualmente em 15%, que tornam a operação de muitos negócios complicada. Ele ainda enfatizou que, se houver oportunidades de financiamento com condições mais vantajosas que as oferecidas pelo Plano Safra, esses recursos devem ser aproveitados, dada a dificuldade de encontrar taxas mais acessíveis.
O encontro também permitiu aos representantes do setor privado tirarem dúvidas sobre o Plano Safra e o seguro rural, promovendo um diálogo construtivo entre o governo e os agentes econômicos do agronegócio.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária