A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou os resultados da análise das propostas e documentação de instituições financeiras que visam a contratação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2025/2026. Essa divulgação ocorreu no Diário Oficial da União na última sexta-feira, dia 1º deste mês.
Esse anúncio é considerado um avanço significativo na implementação de políticas públicas voltadas para o suporte de produtores rurais, promovendo um maior acesso ao crédito e uma variedade de opções de financiamento para a atividade cafeeira. Para a atual safra, foi destinado um total superior a R$ 7,18 bilhões, representando um aumento de cerca de 4% em relação à safra anterior, de 2024/2025. Neste total, mais de R$ 1,81 bilhão foram alocados para custeio, mais de R$ 2,59 bilhões para comercialização e cerca de R$ 1,68 bilhão para o financiamento da aquisição de café. Além disso, um montante superior a R$ 1 bilhão foi destinado ao capital de giro para indústrias de café solúvel, torrefação e cooperativas de produção.
A análise para a liberação desses recursos foi realizada por uma equipe de contratação designada em uma portaria do Mapa, datada de 10 de junho de 2025. Os valores atribuídos às instituições financeiras foram definidos conforme os critérios da portaria do Mapa, publicada em 28 de junho de 2024.
Um total de 33 instituições financeiras do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) foram habilitadas para participar desse processo. Entre elas, destacam-se o Banco Ribeirão Preto S.A., Banco Industrial do Brasil S.A., Banco Cooperativo Sicredi S.A., além de diversas cooperativas de crédito e bancos renomados.
Recentemente, a ampliação do acesso ao Funcafé foi uma das ênfases do novo Plano Safra, que foi lançado em julho. A partir dessa safra, os produtores que fazem parte do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) poderão contar com mais flexibilidade na hora de contratar financiamentos com recursos controlados. A novidade é que, além das linhas específicas do programa, os agricultores poderão acessar outras modalidades de crédito, como as do Funcafé, respeitando sempre os limites do Sistema Nacional de Crédito Rural e as regras de cada linha de crédito.
Essa iniciativa visa atender à demanda crescente dos médios produtores por mais opções de financiamento, sem, no entanto, aumentar o teto de crédito permitido. Com isso, busca-se ampliar o acesso ao crédito rural e aumentar a eficiência no uso desses recursos, garantindo o suporte a importantes cadeias produtivas, especialmente a do café.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária