O Brasil, um dos líderes mundiais na produção de camarão, enfrenta atualmente um declínio preocupante em suas exportações do crustáceo. Esse tema foi debatido em uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, que reuniu representantes do governo, da sociedade civil e do Parlamento em busca de soluções para reverter essa situação.
De acordo com o deputado Mersinho Lucena (PP-PB), o Brasil já foi o maior exportador de camarão do mundo, com uma participação significativa nos mercados americano, chinês e até francês. No entanto, esse cenário mudou drasticamente nas últimas duas décadas, com a produção nacional sendo direcionada quase que exclusivamente para o consumo interno.
O parlamentar enfatizou a importância de colocar o tema em pauta para impulsionar a produção nacional e retomar a posição de destaque do Brasil no mercado internacional de camarão. Ele destacou o exemplo do Equador, um país menor em território, mas que exporta bilhões de dólares em camarão anualmente, ressaltando a necessidade de coordenação entre os ministérios para explorar novamente esse potencial exportador.
Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), apontou que a falta de exportação do crustáceo prejudica principalmente os pequenos produtores, apesar do aumento significativo do consumo interno nos últimos anos. Ele ressaltou a importância de expandir as exportações para garantir o desenvolvimento sustentável do setor.
Herlon Brandão, representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou a importância estratégica de garantir a presença do Brasil no mercado global de crustáceos, que movimenta bilhões de dólares anualmente. Ele lamentou o fato de o país estar fora desse mercado, mesmo sendo um dos maiores exportadores mundiais de carne de aves e bovina.
Diante desse cenário, a busca por soluções e ações concretas para impulsionar as exportações de camarão brasileiro se torna urgente, visando não apenas o desenvolvimento econômico do setor, mas também a manutenção da competitividade internacional do país.
Com informações da Camara dos Deputados