Na terça-feira, 18 de outubro, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), localizada no Pará, recebeu uma visita importante durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A visita teve como objetivo destacar a relevância da região como um modelo de práticas agrícolas sustentáveis, que foram desenvolvidas por imigrantes japoneses e se tornaram um exemplo de uso responsável da terra na Amazônia.
Participaram da visita diversas autoridades do setor agropecuário, que puderam conhecer de perto os sistemas de cultivo inovadores que integram diversas culturas, como dendê, cacau, açaí, pimenta, cana-de-açúcar e outras variedades amazônicas. Esses sistemas formam uma floresta cultivada, capaz de proporcionar renda aos agricultores enquanto conservam o meio ambiente. Essa abordagem é um dos maiores exemplos de recuperação produtiva de áreas degradadas no Brasil.
Durante a visita, a comitiva também teve a oportunidade de explorar o complexo industrial da cooperativa. Nesse local, são processadas frutas para a produção de polpas, sorvetes e produtos de panificação, que atendem tanto ao mercado interno quanto à exportação, com destaque para países como Japão e Alemanha. Os representantes da cooperativa ressaltaram que o trabalho realizado em Tomé-Açu é um testemunho de que é possível alinhar produção agropecuária e preservação florestal, além de indicar caminhos para a adoção de modelos sustentáveis em toda a região amazônica.
Ernesto Suzuki, um dos produtores associados da CAMTA, destacou o histórico de mais de 50 anos de experiência em sistemas agroflorestais, ressaltando a utilização de tecnologias desenvolvidas em parceria com instituições de pesquisa. Suzuki confirmou a produção de mais de 1,6 mil toneladas de dendê por ano, evidenciando a eficácia e a expansão contínua das práticas agrícolas sustentáveis.
Tomé-Açu se consolidou ao longo das últimas décadas como um exemplo de produção integrada com a floresta. O sistema agroflorestal combina diferentes espécies em um mesmo espaço, garantindo uma renda contínua e fortalecendo o solo, ao mesmo tempo em que mantém a floresta saudável. Essa abordagem sustentável resultou em um intercâmbio enriquecedor entre agricultores locais e descendentes de imigrantes, com o apoio de agências de pesquisa e cooperativas.
A comitiva também visitou um frigorífico da Mercúrio Alimentos em Castanhal, uma unidade importante para o abate e processamento de bovinos, contribuindo significativamente para a expansão produtiva da empresa e o fortalecimento das exportações de carne bovina do Pará. A visita destacou a qualidade sanitária e produtiva desse setor, colocando em evidência a excelência do rebanho e do processo de abate na região.
Essas visitas não apenas ilustram a capacidade produtiva e a qualidade dos insumos brasileiros, mas também a importância de práticas sustentáveis na agricultura e pecuária, promovendo um desenvolvimento que respeite a biodiversidade e o meio ambiente.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













