Entre os dias 4 e 8 de agosto de 2025, a cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, foi o palco da Reunião do Grupo Técnico de Inteligência Fitossanitária (GT-IF), que faz parte do Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (Cosave). O evento contou com a presença de representantes de diversos países, como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, e teve como foco a criação de um Centro Regional de Inteligência Fitossanitária, ressaltando a importância de ações colaborativas para confrontar as ameaças à agricultura e à sanidade das plantas.
Um dos principais momentos do encontro foi o Curso Básico de Inteligência em Fiscalização Agropecuária. Especialistas da Coordenação de Operações e Pronta Resposta do Departamento de Serviços Técnicos (CORESP/DTEC), do Centro Integrado de Segurança Pública e Proteção Ambiental de Foz do Iguaçu (CISPPA/FIG), além de representantes da Itaipu Binacional e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conduziram as aulas. O curso teve como objetivo demonstrar como integrar a inteligência fitossanitária em um contexto mais amplo de segurança pública.
O treinamento ressaltou a inteligência como um instrumento estratégico para a tomada de decisões, apresentando metodologias inovadoras, como a inteligência de fontes abertas (OSINT), que permite a utilização de dados disponível publicamente para a identificação de ameaças de modo eficaz e com minimização de riscos.
Durante as sessões do GT-IF, os participantes compartilharam experiências nacionais de sucesso, destacando-se as iniciativas da Bolívia, Peru e Argentina, que implementaram modelos de risco e sistemas de Informação Geográfica (GIS) para aprimorar a fiscalização. Além disso, projetos colaborativos, como a detecção remota da doença do Huanglongbing (HLB), programada para 2026, foram apresentados, sinalizando um futuro de inovação e colaboração entre os países da região.
A presença do Vigifronteiras foi mencionada como um exemplo prático da aplicação de inteligência na prevenção do trânsito irregular em fronteiras e na defesa da fitossanidade. Especialistas destacaram que a integração entre os países membros é crucial para fortalecer a capacidade de resposta regional frente aos desafios fitossanitários.
A reunião não apenas solidificou a inteligência como um pilar estratégico para a defesa fitossanitária, mas também avançou nas discussões sobre a criação do Centro Regional e no desenvolvimento do Plano de Trabalho para 2026, promovendo ações práticas e reforçando a cooperação e o intercâmbio de metodologias entre os países participantes.
O Cosave, como uma Organização Regional de Proteção Vegetal (ORPF), desempenha um papel essencial como fórum intergovernamental, visando coordenar ações para resolver problemas fitossanitários comuns e fortalecer a integração entre as nações da região.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária