Na recente cerimônia realizada no Grande Palácio do Povo, em Pequim, foram firmados três importantes acordos bilaterais focados no desenvolvimento da agropecuária brasileira. O evento contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, que anunciou um avanço significativo nas relações comerciais entre Brasil e China.
Os novos acordos incluem a abertura de cinco mercados para a exportação de diferentes produtos agropecuários. Entre os destaques estão a carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (como coração, fígado e moela), além de grãos derivados da indústria do etanol de milho, como DDG e DDGs, e farelo de amendoim. Essa expansão representa uma conquista significativa para o setor agrícola brasileiro e uma oportunidade de fortalecimento das relações comerciais.
Com essas novas autorizações, o agronegócio brasileiro atinge um total de 62 aberturas de mercado previstas para 2025, somando 362 novas oportunidades desde o início de 2023. A importância desses acordos se reflete nas cifras estimadas das exportações, que totalizaram, em 2024, cerca de US$ 155 milhões em miúdos de frango, US$ 50 milhões em carne de peru, US$ 1,4 milhão em carne de pato, além de mais de US$ 66 milhões em DDG e DDGS, e US$ 18 milhões em farelo de amendoim, conforme dados da aduana chinesa.
O setor de etanol de milho também celebra essa abertura de mercado, reconhecendo a rapidez com que as negociações se concretizaram. Essa evolução é um exemplo prático de como a colaboração entre o setor privado e as autoridades governamentais pode gerar resultados positivos, alavancando investimentos e promovendo a segurança alimentar.
Ademais, um Memorando de Entendimento (MoU) foi assinado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Administração-Geral de Aduanas da China. Este documento visa estabelecer um canal de comunicação e cooperação no âmbito das medidas sanitárias e fitossanitárias, com o propósito de proteger a saúde humana, animal e vegetal e, consequentemente, aumentar a segurança dos alimentos que circulam entre os dois países.
A abertura desses mercados é um marco significativo para o Brasil, representando um potencial de mais de R$ 1 bilhão em receitas cambiais com a exportação de proteínas de carne de aves, e reafirmando a posição do país como um importante fornecedor no cenário global de alimentos.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
