O Brasil desempenhou um papel significativo na 2ª Conferência Anual sobre Combate às Queimadas Agrícolas no Sudeste Asiático e Soluções para a Utilização de Biomassa, que ocorreu no dia 23 de setembro em Bangkok, na Tailândia. Esse evento, que teve a participação de adidos agrícolas de diversas embaixadas, incluindo do Brasil, Dinamarca, Alemanha e Países Baixos, contou também com a colaboração da DLG Asia e de organizações internacionais. Reunindo representantes de governos, empresas, centros de pesquisa e organizações multilaterais de 20 países, a conferência abordou desafios e oportunidades no combate a queimadas.
Durante o encontro, a adida agrícola em Bangkok, Ana Carolina Lamy, coordenou o painel “Mecanização e Inovação”, que contou com a participação de seis especialistas destacados na área. O pesquisador da Embrapa, Vinicius Bof Bufon, apresentou dados sobre práticas sustentáveis na colheita de cana-de-açúcar e manejo de resíduos agrícolas. Outro destaque foi Lucas Palhares, da Braskem, que compartilhou iniciativas de colaboração entre a indústria e o setor agrícola voltadas para o desenvolvimento de cadeias que utilizam matérias-primas renováveis.
Os debates realizados na conferência enfatizaram a relevância da agricultura inteligente para o clima (CSA) como uma estratégia eficaz para reduzir queimadas. Além disso, ficou claro que a mecanização avança quando integrada à modernização dos sistemas produtivos, juntamente com modelos de financiamento adequados, especialmente para pequenos agricultores. Esse enfoque pode fortalecer a resiliência e a renda dos produtores.
Como resultados do encontro, foi definido um roteiro de trabalho que visa fortalecer as cadeias de valor de resíduos agrícolas, fomentar a demanda por biomassa e conectar os produtores a mercados mais rentáveis. Essas diretrizes foram elaboradas para orientar tanto governos quanto o setor privado na implementação de soluções técnicas e de mercado.
Com uma atuação colaborativa, o Brasil reafirma seu compromisso em compartilhar conhecimento, impulsionar inovações e contribuir para a formação de sistemas alimentares com baixa emissão de carbono, trazendo benefícios tanto para produtores quanto para consumidores, não apenas na Ásia, mas de maneira global.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária