Na última quinta-feira, no contexto da AgriZone durante a COP30, foram expostos os avanços do Brasil em sistemas de produção animal no painel intitulado “O Papel da Pecuária em Sistemas de Bioeconomia Circular”. O evento, organizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), centrou-se nas novas diretrizes FAO LEAP, que visam melhorar a eficiência no uso de recursos, promover a economia circular e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A apresentação destacou a relevância da participação do Brasil em iniciativas internacionais voltadas para a avaliação ambiental na pecuária. A integração com a proposta LEAP oferece ao país uma oportunidade de compartilhar sua expertise em sistemas de produção animal tropicais que têm se mostrado eficientes ao longo dos anos. A discussão enfatizou como a pecuária, quando gerida com responsabilidade e eficiência, pode contribuir para soluções climáticas e promover um setor produtivo mais sustentável.
A importância de um diálogo qualificado foi sublinhada, pois estar presente em fóruns internacionais permite ao Brasil apresentar sua realidade de forma transparente. A adoção de métricas comuns também se mostrou fundamental, já que essas medidas podem ampliar a clareza na comunicação e prevenir interpretações errôneas sobre os impactos da atividade pecuária no meio ambiente.
O painel contou com a participação de especialistas de diversas instituições, que exploraram as oportunidades e desafios relacionados à implementação de modelos circulares de produção animal, tanto na América Latina quanto em outras partes do mundo. Entre os envolvidos, estavam representantes de organizações como a International Feed Industry Federation (IFIF), Embrapa, e o World Wildlife Fund (WWF), além de universidades e outras entidades ligadas ao setor.
As novas diretrizes da FAO têm como objetivo auxiliar países e organizações na adoção de práticas que minimizem o desperdício, promovam o reaproveitamento de nutrientes e integrem a pecuária a sistemas produtivos mais eficazes. A expectativa é que essa abordagem incentive modelos que não apenas aumentem a produtividade, mas também promovam a restauração ambiental e garantam a segurança alimentar para as gerações futuras.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













