No sétimo dia de atividades da AgriZone, um evento focado nas inovações do agronegócio brasileiro, foi discutida a Agenda Positiva do Agro 2025. Esta iniciativa, elaborada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), visa divulgar e promover práticas e tecnologias desenvolvidas no setor agropecuário e florestal do Brasil, além de iniciativas de empresas públicas de pesquisa e desenvolvimento.
Realizado na última segunda-feira, o encontro contou com a participação de Luís Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, que abordou a importância de implementar políticas públicas voltadas para um agronegócio sustentável. Durante sua apresentação, Rua destacou o papel do Brasil como um dos líderes globais na produção e exportação de alimentos, ressaltando o impacto positivo das recentes ações em prol da preservação ambiental. Em particular, mencionou que, no ciclo 2023/2024, houve uma redução significativa de mais de 45% no desmatamento da Amazônia, a maior queda registrada em 15 anos, além de uma diminuição de 26% no Cerrado.
O secretário também falou sobre o Plano ABC, que, em sua primeira fase (2010-2020), ajudou a mitigar cerca de 170 milhões de toneladas de gás carbônico, abrangendo 52 milhões de hectares com práticas sustentáveis. A nova fase do plano, conhecida como Plano ABC+, visa uma redução ainda mais ambiciosa de 1,1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono até 2030.
Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, complementou a discussão afirmando que a instituição, criada há 52 anos, desempenhou um papel crucial na adaptação de tecnologias para os diversos biomas brasileiros. Essa adaptabilidade possibilitou ao Brasil não só se tornar autossuficiente na produção de alimentos, mas também um protagonista no mercado internacional. Nos últimos 50 anos, a área plantada no país aumentou em 140%, enquanto a produtividade cresceu impressionantes 580%, graças ao uso de tecnologias adequadas.
Massruhá também enfatizou que eventos como a COP30 representam uma oportunidade significativa para demonstrar os avanços feitos e para buscar novas políticas que garantam um aumento da produtividade ao mesmo tempo que preservam os recursos naturais. Um dos projetos principais nessa direção é o Caminho Verde Brasil, que visa transformar pastagens de baixa produtividade. O objetivo é tornar a agropecuária mais eficiente, ao mesmo tempo que se mostra a capacidade do setor de contribuir para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Moderado pela secretária-adjunta do CDESS, o debate reuniu especialistas e conselheiros que discutiram a importância da imagem do agronegócio como pilar de uma economia de baixo carbono. A Agenda Positiva do Agro é uma ferramenta que consolida soluções inovadoras e sustentáveis, apresentando casos de sucesso que podem subsidiar a formulação de políticas e fomentar um diálogo internacional mais sólido sobre o setor.
Com essa iniciativa, busca-se reforçar o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e a inovação, facilitando o acesso a mercados internacionais e promovendo uma agricultura responsável e sustentada por práticas científicas.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
