Na quarta-feira (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em colaboração com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), estabeleceu um painel informativo focado na “Ampliando a Restauração para uma Agricultura Sustentável por meio de Finanças Inovadoras: Desbloqueando Paisagens para a Prosperidade”, realizado na AgriZone.
O objetivo principal do evento foi discutir estratégias para o financiamento da restauração de áreas agrícolas degradadas, de forma que respeite e promova a sustentabilidade. Este tema é fundamental no contexto de conferências globais sobre clima, especialmente com foco na necessidade de traduzir compromissos internacionais em projetos que possam ser financiados e que atendam tanto às necessidades dos agricultores quanto às expectativas de instituições financeiras. Além disso, o painel enfatizou a importância da inclusão, assegurando que associações de produtores, cooperativas e comunidades indígenas tenham um papel ativo nas discussões sobre financiamento, ajudando a superar desafios estruturais na implementação de soluções sustentáveis.
A sessão contou com a participação de Jonathas de Alencar, coordenador-geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento do Mapa, que ressaltou o potencial do Brasil em desenvolver políticas de financiamento robustas e eficientes para o setor agrícola. Ele mencionou a variedade de modelos de financiamento disponíveis, abrangendo opções públicas, privadas e híbridas, o que possibilita um aumento significativo nos investimentos em práticas sustentáveis.
Durante o painel, Alencar destacou a visão da agricultura como uma parte da solução para os desafios climáticos, enfatizando seu papel na redução das emissões de gases e na adaptação às mudanças climáticas. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelam que 65% do território nacional ainda é coberto por vegetação nativa, sendo que 29% dessa área está dentro de propriedades rurais, o que sublinha a importância dos produtores na conservação dos recursos naturais.
O Brasil também está avançando com a implementação de um Sistema Nacional de Taxonomia que terá como foco a classificação do nível de sustentabilidade das atividades agrícolas. Este sistema visa proporcionar segurança ao mercado financeiro, permitindo que investidores alocem recursos de forma confiável em práticas agrícolas que causem baixo impacto ambiental, mas que ainda assegurem alta eficiência produtiva.
Entre os participantes do painel estavam Marcelo Behar, assessor sênior e enviado especial para a COP30; Andrea Porro, secretário-geral da World Farmer Organization; e Jahan-Zeb Chowdhury, especialista técnico líder da Divisão de Meio Ambiente, Clima, Gênero e Inclusão Social do International Fund for Agricultural Development.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













