Em um fato inédito, as três Convenções das Nações Unidas sobre clima, natureza e uso da terra se uniram para um diálogo abrangente, destacando a importância de alinhar suas agendas para combater as crises ambientais atuais. O evento teve lugar na COP30, onde se discutiu como intervencões estratégicas podem transformar áreas degradadas em solos produtivos e resilientes, com redução das emissões de gases.
Durante o painel que aconteceu, foram apresentadas iniciativas já implementadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. O destaque foi para o trabalho no desenvolvimento sustentável, que visa promover a segurança alimentar e restaurar ecossistemas. Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável, enfatizou a importância de conectar as políticas que tratam das três áreas centrais da discussão. Ele ressaltou que é possível encontrar soluções que tragam benefícios simultâneos entre clima, natureza e segurança alimentar.
“As sinergias entre os objetivos das convenções são essenciais. Existem investimentos que podem ser considerados custo-eficientes sob vários aspectos, como clima e desenvolvimento socioeconômico”, afirmou Brasil. Entre os exemplos citados estão práticas de recuperação de áreas agrícolas degradadas, que já estão em execução por meio de planos estruturais como o Plano ABC e o Caminho Verde Brasil.
Durante sua fala, ele ressaltou a robustez das políticas públicas existentes no Brasil e a experiência acumulada ao longo dos anos. A expectativa é que o país continue a contribuir com experiências que fomentem o desenvolvimento sustentável e que possa cooperar com outras nações na captação de novos investimentos voltados para essas áreas.
Além disso, o painel serviu como uma preparação estratégica para o lançamento da Belém Joint Statement on Action Agendas on Land, Climate and Nature. Essa iniciativa será fundamental na estruturação de esforços coletivos para restaurar terras degradadas, proteger ecossistemas e promover meios de vida sustentáveis. A discussão contou com a presença de representantes de governos, organismos internacionais, comunidade científica, setor privado e lideranças indígenas, reforçando a ideia de que a restauração de paisagens é um processo que requer colaboração, conhecimento técnico, financiamento adequado e a participação ativa de produtores rurais e comunidades tradicionais.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária













