Com a crescente preocupação global acerca da sustentabilidade nas práticas agrícolas, os debates sobre inovações no setor se tornaram fundamentais. Em um evento recente na AgriZone, o Laboratório de Transições Agrícolas para Soluções Africanas (ATLAS) promoveu um painel intitulado “Lições das Revoluções Verdes: Perspectivas do Brasil e da África para Transformações Agrícolas Sustentáveis”.
O evento contou com a participação de diversos especialistas dedicados ao tema. Um dos destaques foi a apresentação de um assessor da Secretaria-Executiva do Ministério da Agricultura e Pecuária, que discutiu os fundamentos do sistema agrícola brasileiro. Ele enfatizou que a agricultura no Brasil está alicerçada em três pilares essenciais: ciência e tecnologia, defesa agropecuária e um robusto sistema de financiamento e crédito rural. Segundo ele, a ciência e a tecnologia são cruciais para a produção agrícola, e existe um sistema abrangente de financiamento que apoia tanto grandes quanto pequenos produtores, assegurando que todos tenham acesso a recursos para produção, custeio e investimentos.
O laboratório ATLAS visa não apenas fomentar o diálogo, mas também promover a cooperação institucional e a ampliação de financiamentos voltados para o desenvolvimento agrícola sustentável na África. O painel explorou políticas públicas que contribuíram para posicionar o Brasil como uma potência no setor agrícola, abordando temas como a recuperação de solos degradados e a aplicação de tecnologias adaptadas às particularidades de diferentes biomas do país.
Considerando que aproximadamente 70% da força de trabalho no continente africano se dedica à agricultura, o evento teve como objetivo explorar caminhos para colaboração entre o Brasil e a África, buscando acelerar transformações agrícolas que estejam em harmonia com as condições climáticas locais.
O assessor também mencionou iniciativas significativas, como o Programa Caminho Verde, que busca promover crescimento no setor agropecuário por meio da restauração de áreas degradadas. Ele sublinhou a importância de estabelecer leis e regulamentações que sustentem essas transformações.
Ademais, foram firmados acordos em 2025 para a troca de tecnologia, através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e assinados Memorandos de Entendimento entre o Brasil e vários países africanos, visando a melhoria dos sistemas agrícolas e o fortalecimento da segurança alimentar e desenvolvimento rural.
O painel também contou com a presença de renomados especialistas, incluindo Paulo Melo, pesquisador da Embrapa, Tilahun Amede da Aliança para uma Revolução Verde na África, e Mouna Chbani, da OCP Nutricrops, todos contribuindo com suas experiências e conhecimentos para enriquecer o debate.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
