Durante a sessão desta quinta-feira (13), os vereadores de Maceió discutiram a necessidade de políticas públicas específicas para pessoas negras e pardas, em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

A vereadora Teca Nelma destacou a aprovação da reserva de vagas para negros, quilombolas e indígenas nos cursos de graduação da Uncisal, uma ação recomendada pelo Ministério Público e movimentos sociais. Segundo ela, essa iniciativa promove uma educação pública mais justa e inclusiva, assim como as cotas para pessoas trans na Ufal. Teca enfatizou que as políticas afirmativas devem ser um compromisso contínuo do Estado. “Essa decisão representa um marco para Alagoas e reconhece que o racismo estrutural impacta o acesso a oportunidades. O Estado deve atuar ativamente na reparação dessas desigualdades históricas”, afirmou.

O vereador Allan Pierre também participou do debate, apresentando dados do Atlas da Violência de 2025, que revela que 98% dos homicídios de 2023 vitimaram pessoas negras. Ele questionou a ausência de políticas públicas eficazes, reforçando a necessidade de lembrar da luta pela igualdade racial além da data de 20 de novembro.

Cal Moreira destacou a importância de proteger manifestações culturais tradicionais, como capoeira e bumba meu boi, para garantir que essas práticas sejam transmitidas às futuras gerações. “Precisamos fortalecer esses movimentos por meio de políticas públicas de apoio”, concluiu.

Com informações e fotos da Cmaâmara Municipal de Maceió