O Brasil se destaca como um dos líderes globais em iniciativas voltadas à descarbonização da cadeia logística, conforme evidenciado durante a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre em Belém, no Pará. Em um dos eventos marcantes, foi apresentado um Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) oriundo do Setor de Transportes.
Esse levantamento, descrito como extremamente detalhado, conta com dados primários coletados em colaboração com empresas, associações e operadores do setor de transportes. O inventário analisa as emissões de forma minuciosa, segmentando-as por modal de transporte, tipo de veículo e infraestrutura, o que permitirá uma visão abrangente do impacto ambiental do setor.
A pesquisa foi uma parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e é vista como uma ferramenta crucial para a formulação de políticas que visam a redução das emissões do setor. Uma das metas estabelecidas é uma redução voluntária de pelo menos 59% das emissões de GEE até 2035, com uma expectativa de alcançar até 67%.
O subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes enfatizou que, sem a devida implementação, até mesmo as melhores intenções podem acabar se tornando apenas promessas vazias. O inventário propõe não apenas um reposicionamento do setor, mas também a criação de um arcabouço robusto para a elaboração de políticas públicas adequadas às novas demandas ambientais.
Os dados coletados servirão, ainda, para fundamentar diretrizes para o Plano Clima e o Plano Nacional de Logística (PNL) para 2050, que são essenciais para a definição de medidas de mitigação das emissões e para o fortalecimento da infraestrutura resiliente a médio e longo prazo. O levantamento também apoia iniciativas como os Corredores Azuis, que incentivam o uso de combustíveis como gás natural e biometano no transporte rodoviário.
Nos últimos anos, o Ministério dos Transportes intensificou seus esforços em direção à sustentabilidade, apresentando novos investimentos que superam os US$ 2 bilhões, focados na modernização da infraestrutura e na descarbonização das rodovias. Além disso, as discussões na COP30 abordaram o estímulo ao uso diversificado de combustíveis, a eletrificação de frotas e a modernização das mesmas, o que beneficiará outras cadeias produtivas, como a de milho e etanol, essenciais na produção de biocombustíveis.
A presença do Ministério dos Transportes em rodadas de negociação com representantes de diversos países e instituições internacionais tem sido fundamental para avançar em um consenso voltado à adaptação da infraestrutura às novas exigências climáticas.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes













