Na sequência da COP30, realizada em Belém (PA), foi anunciada uma importante iniciativa voltada para a modernização e sustentabilidade no transporte da Amazônia. A Aliança pelo Transporte Sustentável e Integrado para a Amazônia reúne diversos países da região e parceiros financeiros, visando desenvolver soluções logísticas de baixo impacto ambiental.
Além do Brasil, outros países como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname estão participando do compromisso, juntamente com instituições como o Banco Mundial, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A proposta, conforme explicações de Cloves Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, é discutir a intermodalidade e a interoperabilidade do transporte na Amazônia. Isso inclui a construção de novos ativos e concessões que abrangem hidrovias, rodovias, ferrovias e aeroportos, buscando dar a devida atenção à infraestrutura da região.
Uma das principais iniciativas será a elaboração de um Plano de Ação Regional para o período de 2026 a 2030. Esse plano terá como foco não apenas a modernização do transporte, mas também a superação dos desafios enfrentados pela Amazônia, que incluem baixa conectividade e infraestrutura precária. Situações climáticas extremas e custos elevados também são preocupações que o plano busca endereçar. A visão é unificar todos os aspectos do transporte e logística, respeitando as especificidades da Amazônia e promovendo um futuro sustentável.
A aliança se dividirá em quatro eixos estratégicos. O primeiro é a ampliação da conectividade, com ênfase na entrega de serviços essenciais para comunidades isoladas e na facilitação do transporte fluvial. O segundo eixo prevê a criação de corredores sustentáveis que integrem diferentes modos de transporte, visando estimular a bioeconomia através das hidrovias.
Outro ponto importante será o desenvolvimento de infraestrutura verde, que utiliza soluções naturais para mitigar impactos socioambientais e enfrentar as mudanças climáticas. Por último, o plano busca modernizar o transporte fluvial, garantindo maior segurança, eficiência e inclusão para as comunidades urbanas e ribeirinhas.
Dentre as inovações abordadas na conferência, o debate sobre “green bonds” se destacou como uma potencial fonte de investimento em projetos ferroviários, que demonstram ser uma alternativa menos poluente em comparação ao transporte rodoviário. Um trem de 100 vagões pode substituir cerca de 300 caminhões, contribuindo para a redução do congestionamento nas estradas e das emissões de carbono.
Durante a COP30, as discussões continuarão a se aprofundar em temas relevantes, como a pecuária sustentável, ressaltando práticas voltadas para a produção de baixo carbono e que promovem a conservação ambiental. Com essa iniciativa, espera-se um avanço significativo na infraestrutura e no desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes













