Na terça-feira, dia 11, o Ministério da Agricultura e Pecuária participará de um evento significativo do Fundo Verde para o Clima (GCF) na COP30, em Belém, Pará. Este encontro será marcado pelo lançamento de um projeto internacional que visa a restauração de áreas degradadas e a promoção de sistemas agroflorestais sustentáveis relacionados ao cultivo do cacau.
O GCF atua como um mecanismo financeiro internacional, estabelecido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Essa iniciativa tem como foco principal ajudar países em desenvolvimento a implementar ações voltadas para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
A sessão ocorrerá das 11h45 às 12h15 na Arena Agritalks da AgriZone, um espaço dedicado à agricultura sustentável e ao enfrentamento da fome. A AgriZone é resultado de uma colaboração entre o Mapa e a Embrapa, reafirmando o compromisso com uma agropecuária que seja inovadora, resiliente e com baixo carbono.
O projeto em destaque, denominado SAP061 – Cacau pelo Clima: Restaurando Florestas e Fortalecendo Agricultores no Brasil, é coordenado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e conta com o apoio do GCF e a parceria do Mapa através da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
Este projeto tem como meta transformar 12,5 mil hectares de áreas degradadas em sistemas agroflorestais que promovem o cultivo de cacau. Essas áreas serão projetadas para atuarem como sumidouros de carbono, além de restaurar ecossistemas e proporcionar meios de vida sustentáveis para agricultores familiares. A proposta inclui uma combinação de financiamento climático, assistência técnica e acesso a mercados, promovendo uma agricultura que é resiliente ao clima e que fortalece cadeias produtivas.
Marcelo Fiadeiro, secretário de Desenvolvimento Rural do Mapa, representará o ministério no painel, que contará também com a presença de especialistas do IICA, GCF e outras instituições relevantes.
O SAP061 é o primeiro projeto do IICA que foi aprovado pelo GCF, atuando principalmente nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, que são regiões suscetíveis às mudanças climáticas. A iniciativa busca estabelecer um modelo escalável de transformação rural, promovendo melhorias no acesso aos mercados e a mobilização de recursos nacionais, garantindo assim a sustentabilidade econômica de longo prazo.
O projeto está alinhado com o Plano Inova Cacau 2030, o qual se apresenta como uma estratégia colaborativa entre diversas instituições do setor cacaueiro, oferecendo diretrizes para o aprimoramento da cacauicultura sustentada no Brasil. Essa estratégia tem como foco aumentar a eficiência produtiva, conservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida das famílias rurais envolvidas na produção de cacau.
Entre as diretrizes do plano estão a eficiência das unidades produtivas, o uso sustentável dos recursos naturais, a promoção de relações de trabalho dignas e a ampliação da participação de mulheres e jovens na agricultura. Além disso, o plano prevê ações voltadas à restauração de ecossistemas, valorização dos serviços ambientais e combate ao desmatamento ilegal.
Dessa forma, o Plano Inova Cacau 2030 reforça os esforços do projeto SAP061, solidificando a liderança do Brasil na transição para uma produção de cacau que seja sustentável, inclusiva e com menor emissão de carbono.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
