Na última sexta-feira, em Buenos Aires, foi firmado um acordo significativo entre as autoridades de Agricultura do Brasil e da Argentina. A cerimônia contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária e do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, que oficializaram o reconhecimento mútuo dos sistemas de zonificação e compartimentação para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e Doença de Newcastle (DNC).
Este entendimento estabelece que, em caso de surto dessas doenças, as restrições comerciais serão limitadas a um raio de 10 quilômetros da área afetada, garantindo a continuidade do comércio nas demais regiões. Essa medida visa reforçar a confiança entre os serviços veterinários de ambos os países, além de assegurar a previsibilidade das operações comerciais envolvendo carne de aves, ovos e material genético avícola.
De acordo com o ministro, a efetivação do acordo representa um importante reconhecimento do robusto sistema de defesa sanitária do Brasil, que é homologado internacionalmente. A regionalização acordada traz segurança e estabilidade ao comércio agropecuário, fundamentando-se em critérios técnicos sólidos.
Por sua vez, o secretário argentino ressaltou que essa parceria é um passo crucial para aumentar a previsibilidade e a estabilidade nas transações comerciais de produtos avícolas, especialmente no contexto dos desafios impostos pela influenza aviária. Ele também destacou o compromisso mútuo em manter os mais altos padrões sanitários, alinhados com as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Essa conclusão foi fruto das avaliações técnicas realizadas entre dezembro de 2024 e março de 2025, que confirmaram a equivalência dos sistemas de vigilância e biosseguridade dos dois países.
O acordo prevê a limitação de embargos a partir de um foco das doenças, assegurando que áreas sem afetadas possam continuar a operar normalmente, valorizando compartimentos produtivos que mantêm altos padrões de biosseguridade.
São abrangidos pelo acordo aves vivas, ovos férteis, pintos de um dia, carne de aves, ovos e seus derivados, sob condições sanitárias específicas de cada país. A relação comercial entre Brasil e Argentina no setor avícola tem se fortalecido, com um crescimento expressivo nas importações de carne de frango argentinas, refletindo o papel do Brasil como principal fornecedor.
Com a implementação deste acordo, os serviços veterinários dos dois países irão atualizar os certificados sanitários internacionais e estabelecer canais permanentes de comunicação, visando notificar e acompanhar qualquer ocorrência relacionada à saúde animal.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária












