Na noite do último sábado, 8 de outubro, Maceió se tornou o centro das discussões literárias com um evento que celebrou a obra de Graciliano Ramos, um dos maiores nomes da literatura brasileira. O encontro, parte da programação da Bienal do Livro promovida pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, reuniu o neto do autor, Ricardo Ramos, e a escritora Cida Pedrosa, reconhecida por seu talento no meio literário, incluindo o prestigiado Prêmio Jabuti.

Moderada por Tatiana Magalhães, a roda de conversa no Centro de Convenções de Maceió destacou a relevância da crítica social nas obras de Graciliano. Ricardo expressou sua satisfação em participar do evento, ressaltando a importância de reintegrar os escritos de seu avô ao debate literário contemporâneo. “É sempre gratificante discutir a obra de alguém tão influente na literatura. E dividir essa mesa com a Cida é um privilégio”, comentou.

Cida Pedrosa também manifestou sua gratidão pelo espaço para discutir a influência de Graciliano em sua carreira. Ela elogiou a iniciativa da Imprensa Oficial, especialmente a publicação em braile de “A terra dos meninos pelados”, um marco na literatura infantil brasileira. “Graciliano foi fundamental para moldar meu estilo. Participar desse momento foi um verdadeiro presente”, destacou.

Além da roda de conversa, a Imprensa Oficial lançou durante a Bienal a obra “Indígenas de Alagoas”, escrita por José Adelson Lopes e Renildo Ribeiro. O livro oferece uma análise crítica sobre o silenciamento dos povos originários e destaca suas expressões artísticas como manifestações de identidade e ancestralidade.

No cenário literário nacional, Cida Pedrosa é uma figura proeminente, com quatro décadas de atuação na poesia e na luta feminista. Entre seus trabalhos, destaca-se “Solo para o vialejo”, que recebeu prêmios importantes. Já Ricardo Ramos, além de seguir os passos do avô, tem contribuído com obras para o público infanto-juvenil e atuado como presidente da União Brasileira de Escritores. Seu mais recente lançamento, “Toda poeira da calçada”, marca sua entrada no romance.

O evento foi mais uma confirmação do poder da literatura como ferramenta de reflexão e discussão, especialmente sobre questões sociais e culturais relevantes para a sociedade.

Com informações e imagens do Governo de Alagoas.