Em um dia marcado por fortes emoções e alívio, a família Dantas se reuniu novamente após um período de angústia e incerteza que durou oito longos dias. Manoel Dantas da Silva, de 66 anos, havia desaparecido em Branquinha, uma pequena cidade situada na Zona da Mata alagoana, deixando seus dez irmãos em profunda apreensão. O reencontro ocorreu na quinta-feira, dia 6 de novembro, no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, onde Manoel estava internado após ser encontrado em circunstâncias complicadas.
O último contato que a família teve com Manoel foi no dia 29 de outubro, quando ele saiu para cortar o cabelo. Esse breve momento se transformou em um pesadelo para os familiares, que tentaram, sem sucesso, localizá-lo. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil, mas as buscas não apresentavam resultados até que, de forma surpreendente, a filha de uma das irmãs de Manoel, que trabalha como assistente social no Hospital Regional da Mata, recebeu informações sobre um paciente sem identificação, que despertou suas suspeitas.
Ao reconhecer o tio em uma fotografia enviada pelo Serviço Social do HGE, a alegria tomou conta da família. “Foi a melhor notícia que poderíamos esperar. Agradecemos a Deus e a todos os profissionais de saúde que nos ajudaram durante esse período”, comentou Josefa Dantas Feitosa, uma das irmãs. Manoel havia sido admitido no hospital sob o nome de Antônio da Silva, após ter sofrido um grave ferimento causado por arma branca. As circunstâncias que levaram a essa situação ainda não estão claras, mas a investigação policial prossegue.
A assistência prestada pela equipe do HGE foi reconhecida como um exemplo do empenho e cuidado necessários na saúde pública. O diretor médico da instituição, Miquéias Damasceno, ressaltou a importância dos aspectos emocionais e sociais no cuidado do paciente, afirmando que o HGE não é apenas um hospital, mas um espaço onde a esperança e o acolhimento prevalecem.
Com a identificação correta de Manoel, viabilizada pelo Instituto de Identificação de Alagoas, a família pôde finalmente se reunir com ele. A outra irmã, Josefa Sousa Silva, de 55 anos, expressou seu entusiasmo: “Estamos felizes por podermos passar o Natal juntos”. Este reencontro serve como um lembrete poderoso sobre a força do amor familiar e a importância da solidariedade em momentos de crise. A Rede de Apoio a Pessoas Desaparecidas, iniciativa da Polícia Civil de Alagoas, foi fundamental nesse processo, unindo diferentes instituições na busca por respostas em casos semelhantes.
Com informações e fotos da Sesau/AL
