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Chefes do Estado dão largada para a COP30 e devem inovar com o fundo das florestas | José Osmando

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Belém, a Capital do Pará, acolhe Chefes- de-Estado de várias partes do mundo, começando a definir diagnóstico real, e a traçar rumos para trazer soluções urgentes e adequadas à proteção da natureza, adotando mecanismos que interrompam os elevados graus de devastação que têm sido historicamente produzidos, e que sejam suficientemente capazes de reparar os gigantescos danos causados.

Comandada pessoalmente pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a cúpula de governantes mundiais devem resultar, a partir de hoje, em iniciativas como o Fundo das Florestas Tropicais, que visa compensar financeiramente os países que preservam as suas florestas, um mecanismo de muita importância particularmente para o Brasil, que está no coração do bioma mais importante do Planeta, a Floresta Amazônica.

Mais de 50 chefes de Estado e de Governo de todos os continentes encontram-se em Belém, dando-se nesta quita-feira a abertura política da Conferência Mundial do Clima, maior evento da Organização das Nações Unidas, que começa oficialmente no dia 10 e se desenvolverá até dia 21. Também estão presentes, além de presidentes nacionais, vices-presidentes, cientistas e ministros de cerca de 140 países.

As reuniões de chefes de Estado, que até Dubai, em 2023, eram feitas conjuntamente na abertura formal da COP, foi aqui no Brasil antecipada em cinco dias, dada à importância de que o evento se reveste, face ao agravamento do clima nos últimos anos, e à necessidade de que governantes mundiais adotem atitudes concretas, verdadeiras, assumindo de fato o dever de financiar a recuperação de biomas devastados e permitir que nações mais vulneráveis possam realizar os investimentos que a olhos nus precisam ser urgentemente realizados.

Nesse aspecto há duras críticas ao Acordo de Paris, firmado há 10 anos com o objetivo de financiar a restauração ambiental, pelo fato de nunca ter cumprido o seu papel. 

Embora a Cúpula ( que é esse vento iniciado hoje) não seja deliberativa, cabendo exclusivamente à COP30 o poder de deliberar, há o entendimento de que os temas discutidos e acordados entre dirigentes de países nesta semana terão grande peso nas decisões que a Conferência do Clima vai tomar a partir da semana seguinte.

Convocada pelo Presidente Lula, de modo diferente do que ocorrera até aqui nas COPs, a Cúpula de Dirigentes terá nesses dois dias uma série de pronunciamentos em plenária e três mesas de alto nível, onde cada nação, por seus líderes, apresentará propostas de atuação, sobretudo no terreno do financiamento a grandes iniciativas, como o Fundo das Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que pretende mobilizar algo em torno de R$ 625 bilhões (ou US 125 bilhões) em recursos, combinando aportes de países e fundações com emissão de títulos no mercado financeiro.

Esse dinheiro arrecadado pela emissão de títulos, caso se concretize o plano, seria aplicado com a mesma lógica de alavancagem financeira, multiplicando o capital por meio da emissão de dívida de baixo risco.  Assim, os valores recolhidos serão aplicados em ativos globais de renda fixa, com foco em investimentos seguros e sustentáveis que gerem recursos acima do custo do fundo.

Finalmente, os valores líquidos obtidos serão utilizados para remunerar países que preservam florestas tropicais, proporcionalmente adequados à área comprovadamente preservada.

Por José Osmando

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