Em 2024, a indústria extrativa de minerais críticos no Nordeste gerou aproximadamente R$ 11 bilhões, consoante um estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do Banco do Nordeste. Utilizando dados da Agência Nacional de Mineração, o estudo destaca que a região já abriga a extração de níquel, cobre, silício, titânio, vanádio, e outros minerais essenciais para a fabricação de baterias de íon-lítio, turbinas eólicas, painéis solares e equipamentos tecnológicos.
O relatório, intitulado “Minerais críticos e estratégicos no Nordeste”, sublinha o potencial de produção da região, especialmente para minerais como platina, terras raras, tungstênio, grafita, manganês e bauxita. Entre 2019 e 2023, foram investidos cerca de R$ 1,8 bilhão em pesquisas na área de atuação do Banco do Nordeste, que engloba o Nordeste e partes do Norte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Francisco Diniz, pesquisador do Etene, ressalta que esses investimentos podem levar à descoberta de novos depósitos minerais, fortalecendo a região como um importante polo do setor. Ele argumenta que o Semiárido, onde muitas jazidas estão localizadas, possui condições propícias para atrair investimentos, gerando oportunidades de negócios, além de emprego e renda. Diniz também enfatiza a importância de investir em tecnologia para agregar valor aos materiais extraídos.
A pesquisa sugere que o Nordeste tem um potencial inexplorado que, com os devidos investimentos e desenvolvimento tecnológico, pode transformar a região em uma referência nacional no segmento de minerais críticos. Esse desenvolvimento propõe não apenas avanços econômicos significativos, mas também um impacto positivo nas comunidades locais, promovendo o crescimento sustentável e a diversificação econômica na área.
Assim, o estudo do Etene urge por ações que visem o pleno aproveitamento das riquezas minerais nordestinas, com vistas a consolidar a região como um dos principais fornecedores de minerais estratégicos no cenário global, respondendo às demandas crescentes por tecnologias sustentáveis e energia limpa.
Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB













