Um estudo recente, realizado pela Pluxee, uma empresa global focada em benefícios e engajamento de colaboradores, em colaboração com a Abrasel, trouxe à luz informações importantes sobre os hábitos de consumo alimentar fora de casa no Brasil. Segundo a pesquisa, a quarta-feira se destaca como o dia com o maior volume de refeições realizadas em restaurantes, representando 21,54% do total de consumo e um gasto médio de R$ 40,46 por refeição. Este número supera consideravelmente os dados de anos anteriores, evidenciando um aumento de 39,34% no consumo e de 6,34% nas transações.
Antonio Alberto Aguiar, conhecido como Tombé, Diretor Executivo de Estabelecimentos da Pluxee, aponta que essas mudanças são frutos do modelo de trabalho híbrido que se consolidou após a pandemia. A frequência elevada de colaboradores nos escritórios entre terça e quinta-feira transforma esses dias em períodos de intensa demanda por refeições fora de casa. O desempenho da terça-feira também é notável, com um consumo médio de R$ 38,97, marcando um crescimento de 3,86% nas transações. No entanto, a quinta-feira, mesmo mantendo uma alta movimentação, viu uma leve redução de 3,76% nas transações e um aumento menor, de 29,86%, em comparação aos dados anteriores, sugerindo uma redistribuição do fluxo de clientes ao longo da semana.
A análise da Deskbee, que monitora reservas de estações de trabalho, revela que 65% das reservas ocorrem nas quartas e quintas, reforçando a popularidade do modelo “TQQ” (terça, quarta e quinta), que concentra a presença física dos colaboradores e, por consequência, estimula o movimento nos restaurantes próximos aos escritórios. Em contrapartida, as segundas e sextas-feiras são as com menor movimento, possivelmente devido à continuidade do trabalho remoto. Contudo, o gasto médio permanece elevado, com cifras de R$ 39,34 nas segundas e R$ 44,99 nas sextas, sugerindo que, apesar da menor frequência, os jantares e almoços são frequentemente de maior valor.
Esses padrões de consumo revelam uma adaptação significativa aos novos tempos, com um efeito contínuo da pandemia nos hábitos alimentares. Mesmo com um volume de transações em queda, o valor do consumo permanece significativo. Como conclui Tombé, a transformação provocada pela pandemia alterou os usos dos benefícios alimentares, enquanto a revalorização das áreas corporativas parece estar em curso, especialmente em dias de grande movimento. O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, observa que o aumento do tíquete às sextas está ligado a momentos de socialização, como almoços entre colegas e happy hours, que caracterizam os finais de semana.
Com a evolução do modelo de trabalho híbrido, o comportamento dos consumidores continua a se ajustar, apresentando sinais de reequilíbrio. A expectativa é que, à medida que mais empresas reavaliarem suas políticas de home office, a distribuição do fluxo de clientes se normalize ao longo da semana.
Com informações e fotos da Abrasel/BR













