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Arapiraca registra 87 atendimentos a vítimas de violência no Hospital de Emergência em setembro.

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Em setembro de 2025, o Hospital de Emergência do Agreste (HEA) em Arapiraca registrou um alarmante total de 87 atendimentos a vítimas de violência física e sexual. Esses dados foram revelados em um boletim informativo que compila mensalmente as ocorrências atendidas na instituição. A análise dos casos apresenta preocupantes tendências sobre a origem e a natureza das agressões.

A investigação dos casos mostrou que 40% das violências ocorreram no domicílio da própria vítima, enquanto 28% aconteceram na residência do agressor. Esses números reforçam a ideia de que a maioria das agressões ocorre em ambientes familiares, destacando a urgência de criar estratégias de proteção mais eficazes. Dentro do total de atendimentos, 54 foram referentes à violência física, o que representa 62,1% dos casos. Desse total, a maioria das vítimas, 48, são mulheres, e apenas seis são homens. A faixa etária das vítimas também traz à tona dados preocupantes: oito casos foram registrados entre crianças de até 13 anos e sete entre adolescentes de 14 a 18 anos. A maior parte das ocorrências, no entanto, afetou adultos acima de 18 anos, com um total de 39 atendimentos.

No que diz respeito à violência sexual, houve 33 atendimentos, correspondendo a 37,9% do total. A maioria das vítimas de agressão sexual também são do sexo feminino, com 29 casos registrados, enquanto quatro eram homens. Assim como na violência física, as crianças e adolescentes até 13 anos concentram a maior parte das ocorrências, somando 20 casos — cerca de 60,6% dos casos de violência sexual.

Em relação ao perfil demográfico, 73,6% das vítimas se autodeclararam pardas, 18,4% brancas e 5,7% pretas. Os dados confirmam uma tendência observada em anos anteriores, onde 89% das vítimas atendidas pertencem ao sexo feminino.

A Área Lilás, dedicada a atender vítimas de violência, funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, e é um serviço vinculado à Rede de Atenção às Violências da Secretaria de Estado da Saúde. Com uma equipe multiprofissional qualificada, a unidade oferece assistência médica, acolhimento psicológico, bem como encaminhamentos sociais e jurídicos. De acordo com a psicóloga Yanna Albuquerque, coordenadora da Área Lilás do HEA, os dados revelam a necessidade urgente de um olhar atento para a proteção e apoio às vítimas, salientando que cada atendimento é um avanço significativo em direção ao acolhimento, à segurança e ao acesso aos direitos.

Diante dessa realidade alarmante, é crucial que a sociedade e as autoridades trabalhem em conjunto para desenvolver políticas que previnam a violência e ofereçam um suporte adequado às vítimas.

Com informações e fotos da Sesau/AL

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