No último dia 17 de outubro de 2025, o oftalmologista Raphael Costa, especialista em retina no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), fez um importante alerta sobre os riscos que o metanol representa para a visão humana. O médico destacou que esta substância, que é amplamente utilizada em várias indústrias, como em solventes e combustíveis, é extremamente tóxica e imprópria para consumo. Os casos de intoxicação podem ocorrer tanto por ingestão acidental quanto intencional, especialmente em relação a bebidas alcoólicas fraudulentas que podem conter essa substância.
Costa informou que, felizmente, até o momento, não houve registros confirmados de intoxicação por metanol em Alagoas decorrente do consumo de tais bebidas. No entanto, a ingestão de metanol pode afetar gravemente a saúde, uma vez que ele é metabolizado no fígado, resultando em compostos altamente tóxicos que prejudicam tanto o sistema nervoso central quanto o nervo óptico. Esse nervo é crucial para o processo visual, uma vez que é responsável por transformar a luz em imagens que o cérebro interpreta.
O médico enfatizou que a intoxicação por metanol pode levar a uma perda visual súbita e, em casos severos, à cegueira total em questão de horas. Ele recomenda que qualquer pessoa que ingira bebidas alcoólicas esteja atenta a sintomas que se manifestam entre 12 a 24 horas após a ingestão. Esses sinais incluem náuseas e vômitos intensos, dor de cabeça, dor abdominal, além de alterações visuais como visão embaçada e dificuldades para distinguir cores, que exigem atenção médica imediata. Um diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar consequências graves, como cegueira permanente ou até mesmo a morte.
Costa também lembrou que outros sintomas comuns de intoxicação por metanol incluem tontura, fraqueza, confusão mental e dificuldades respiratórias. Ele reforçou a importância de conscientizar a população sobre os enormes riscos associados ao consumo de bebidas de origem duvidosa. O Hospital Metropolitano de Alagoas se tornou uma referência no atendimento a casos suspeitos de intoxicação por metanol no Estado, colaborando ativamente com a Secretaria de Estado da Saúde e outros órgãos federais para monitorar possíveis ocorrências e garantir a segurança da comunidade.
Com informações e fotos da Sesau/AL
