A Crescente Ameaça dos Criminosos Cibernéticos: Um Panorama Atual
Nos primeiros meses de 2025, dados indicaram que o Brasil se destacou como o terceiro país nas Américas mais impactado por atividades cibernéticas, assumindo a liderança na América do Sul. Esse crescimento revela uma tendência alarmante: as organizações devem estar preparadas para enfrentar um cenário onde a extorsão e o ransomware são responsáveis por mais da metade dos ataques cibernéticos.
Um estudo recente do Microsoft Digital Defense Report expôs que, em 80% dos casos analisados, os atacantes tinham como principal objetivo o roubo de dados, motivados principalmente por ganhos financeiros. Em contrapartida, ataques voltados exclusivamente à espionagem representaram apenas 4%. Embora as ameaças de Estados-nação sejam severas, grande parte das infrações está nas mãos de criminosos oportunistas que utilizam técnicas cada vez mais sofisticadas.
A Microsoft registra diariamente mais de 100 trilhões de sinais de segurança, bloqueando ao redor de 4,5 milhões de tentativas de malware e analisando 38 milhões de detecções de riscos. A automação e a disponibilidade de ferramentas acessíveis permitiram que mesmo indivíduos com pouca experiência técnica se aventurassem no cibercrime. A inteligência artificial (IA) tem ampliado o escopo das ameaças, facilitando o desenvolvimento de malware e tornando as tentativas de phishing ainda mais convincentes.
Diante desse contexto complexo, é essencial que as lideranças organizacionais abordem a cibersegurança como um elemento central de sua estratégia, e não apenas como um tema de tecnologia da informação. A resiliência deve ser integrada desde a concepção das operações e ferramentas. O relatório enfatiza que defesas tradicionais já não são suficientes, e a colaboração entre setores e governos se torna uma necessidade premente para acompanhar a evolução das ameaças.
Além disso, o foco dos criminosos tem se voltado para setores críticos, como saúde e serviços públicos, onde ataques podem ter consequências catastróficas. Instituições que lidam com informações sensíveis enfrentam desafios específicos, muitas vezes lidando com orçamentos limitados e infraestrutura desatualizada.
Enquanto os atacantes se tornam mais audaciosos, as estratégias de defesa também precisam evoluir. Organizações e governos precisam unir forças para implementar medidas robustas, como a autenticação multifator, que demonstrou eficácia em bloquear mais de 99% das tentativas de ataque relacionadas a identidades.
Por fim, a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas requer que todos, desde o setor privado até as instituições governamentais, estejam prontos para agir em conjunto. Segurança cibernética não é apenas um aspecto técnico, mas um elemento vital da governança que exige colaboração e um comprometimento coletivo para enfrentar esses desafios emergentes.
Com informações e imagens da Microsoft