Em resposta ao aumento da preocupação com a intoxicação por metanol proveniente de bebidas alcoólicas, a Rede Estadual de Saúde Pública de Alagoas se mostra pronta para atender qualquer emergência. O alerta foi dado pelo secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, no contexto do primeiro caso suspeito notificado no estado, referente a uma mulher de 43 anos que reside em Maceió e já se encontra internada.
Desde que surgiram os primeiros indícios de intoxicação por metanol no Brasil, o Comitê Estadual de Emergência em Saúde Pública tem se reunido de forma regular para implementar um protocolo eficaz de notificação, coleta de material biológico e assistência aos possíveis afetados. “Nossas unidades de saúde, que incluem Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais gerais e regionais, estão preparadas com profissionais treinados para responder a situações como esta”, afirmou o secretário.
Os sintomas mais frequentes de intoxicação por metanol incluem dores de cabeça intensas, náuseas, tontura, confusão mental, dificuldade para respirar e problemas visuais. Para qualquer indivíduo que consuma bebidas alcoólicas e apresente tais sinais, a recomendação é buscar imediatamente o pronto atendimento mais próximo. A equipe médica, ao receber o paciente, realizará uma avaliação detalhada e, se necessário, transferirá para uma unidade de saúde de maior complexidade.
O secretário também enfatiza a importância da prevenção. Ele orienta que a população compre apenas bebidas alcoólicas de fontes confiáveis, que possuam documentação como nota fiscal e registro, evitando produtos sem rótulo ou de procedência desconhecida. “Consumidores devem ser cautelosos com preços que estejam muito abaixo da média do mercado e sempre buscar informações sobre a origem dos produtos”, alertou.
Adicionalmente, as amostras biológicas dos casos suspeitos serão enviadas ao Laboratório Central de Alagoas, que as encaminhará para o Laboratório de Toxicologia da Polícia Científica para análise. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) acompanha a situação em parceria com as Vigilâncias Sanitárias e em Saúde de todos os 102 municípios alagoanos, que têm a responsabilidade de notificar tais casos.
Por fim, a Sesau instruiu as Vigilâncias Sanitárias locais a intensificarem suas atividades de fiscalização em estabelecimentos como bares e supermercados, para verificar a procedência das bebidas. “No caso de bebidas industrialmente produzidas, a responsabilidade pela fiscalização é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, explicou Gustavo Pontes de Miranda, reafirmando o compromisso da rede estadual em garantir a segurança da população.
Com informações e fotos da Sesau/AL
