Em uma iniciativa voltada ao aprimoramento da assistência em contextos de parto domiciliar e transporte neonatal, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Central de Maceió promoveu, no dia 9 de outubro, um curso denominado “Assistência pré-hospitalar ao recém-nascido – parto domiciliar”. A capacitação, realizada durante toda a manhã no auditório do Núcleo de Educação Permanente (Nep), reuniu uma equipe diversificada, composta por técnicos de enfermagem, condutores socorristas e profissionais do Centro de Parto Normal (CPN) do Hospital Geral Dagoberto Omena (HGDO), localizado em Murici.
O cerne dessa capacitação é promover a atualização dos conhecimentos dos profissionais envolvidos, de modo que estejam aptos a atuar com segurança e competência em situações que envolvem partos em domicílios e o transporte adequado de recém-nascidos. O curso foi estruturado para que os participantes aprendam a identificar quando é necessário realizar intervenções imediatas e quando a prioridade deve ser garantir um transporte seguro, assegurando a continuidade dos cuidados com a qualidade necessária.
Beatriz Santana, coordenadora geral do Samu Maceió, enfatizou a importância desta capacitação para o atendimento eficaz em diversas circunstâncias. Ela ressaltou que, independentemente de estarem na casa da parturiente, na rua ou dentro da ambulância, a prontidão dos profissionais é crucial. “Este curso fortalece a rede de cuidados neonatais e pode, de fato, salvar vidas”, declarou.
Crisandra Fernandes da Fonseca, médica responsável pela condução do treinamento, também sublinhou a relevância do assunto, especialmente em face dos alarmantes índices de mortalidade neonatal. Segundo ela, quase 70% das mortes ocorridas no primeiro ano de vida estão relacionadas a problemas de assistência ao recém-nascido; 25% desses casos soberanamente ligam-se à falta de cuidados adequados. “A qualidade da assistência durante a gestação, parto e pós-parto imediato é fundamental”, afirmou.
O condutor socorrista José Nascimento da Silva Filho, que atua na Base Descentralizada de Murici, avaliou a experiência como extremamente positiva. “A capacitação contínua é chave para oferecermos um atendimento de qualidade e garantir segurança tanto para as mães quanto para os bebês”, concluiu. A formação contínua desses profissionais é, portanto, uma das estratégias mais eficazes para a redução dos índices de mortalidade infantil, reforçando que cada investimento nesse sentido é um passo em direção a um cuidado mais eficaz e humano.
Com informações e fotos da Sesau/AL













