No dia 7 de outubro de 2025, a história de superação da pedagoga Patrícia Ferreira, de 33 anos, residente de Coité do Nóia, Alagoas, ganha destaque ao vencer uma batalha contra uma síndrome neurológica rara: a Síndrome de Arnold-Chiari. Essa condição, que afeta a região onde o cérebro se harmoniza com a medula espinhal, gerou em Patrícia intensas dores de cabeça e uma preocupante perda dos movimentos de seus braços e mãos. O diagnóstico foi impactante e trouxe à tona um medo profundo, especialmente após a perda da sua mãe em 2022, que havia enfrentado desafios semelhantes devido à mesma síndrome.
Patrícia descreve o momento da descoberta com profunda emoção. “Os dias eram sombrios. Simples tarefas cotidianas se tornaram desafios intransponíveis, e a ideia de um futuro similar ao de minha mãe me aterrorizava.” Após consultar dois neurocirurgiões, ela se deparou com a dura realidade de um tratamento estimado em R$ 80 mil, valor que estava além de suas possibilidades financeiras. Desesperada, recorreu à sua fé, pedindo a Deus que a guiasse. Foi então que a Secretaria de Saúde de Coité do Nóia conseguiu agendar uma consulta no Hospital Metropolitano de Alagoas, onde a esperança começou a se renovar.
“Desde minha primeira visita, fui acolhida com carinho e atenção”, recorda Patrícia, que sentiu um olhar humano e solidário por parte da equipe médica. O neurocirurgião responsável pelo seu tratamento, Duarte Cândido, destacou a importância do diagnóstico precoce e do acesso à neurocirurgia de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, a cirurgia tem como objetivo descomprimir a área afetada, aliviando os sintomas e evitando complicações mais severas.
A primeira cirurgia foi realizada em março, e Patrícia passou quatro dias na UTI, recebendo cuidados não apenas clínicos, mas também afetivos, que foram fundamentais em sua recuperação. Após sete dias, foi necessário um segundo procedimento cirúrgico, mas antes disso, os filhos de Patrícia foram autorizados a visitá-la, um gesto que lhe deu força adicional. “Eu me sentia parte de uma família ali. Essa equipe me acolheu com amor, e eu sabia que tudo iria correr bem”, compartilha ela.
As cirurgias foram bem-sucedidas, e Patrícia agora vive sem as dores que a afligiam, podendo novamente realizar suas atividades diárias como professora em uma comunidade quilombola e servir na Secretaria de Assistência Social de sua cidade. Sua fé e a mobilização da comunidade, incluindo uma corrente de oração organizada pelo padre local, foram fundamentais para a sua jornada.
“Recebi um atendimento que superou todas as minhas expectativas, e meus familiares não conseguiam acreditar que tudo isso foi possível pelo SUS. Hoje, com um sorriso e gratidão, eu sou um símbolo de esperança e superação. Deus me deu uma nova oportunidade de viver, e o Hospital Metropolitano foi vital nessa transformação”, finaliza Patrícia Ferreira.
Com informações e fotos da Sesau/AL













