A Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Caiçara representa um passo significativo rumo à preservação do bioma da Caatinga em Alagoas. Inaugurada em 2022, essa unidade é a primeira de sua natureza a ser dedicada exclusivamente a esse ecossistema singular, caracterizado por sua rica biodiversidade e pelo seu valor intrínseco à natureza brasileira.
Situada no Sertão de Alagoas, a APA abrange uma extensão de 103.295 hectares que se estendem pelos municípios de Canapi, Maravilha, Ouro Branco, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema. O nome da unidade faz referência à Serra da Caiçara, uma formação geológica imponente da região, que proporciona vistas de tirar o fôlego sobre as planícies sertanejas.
Além de ser um espaço de rica diversidade de flora e fauna, a APA Serra da Caiçara abriga sítios arqueológicos e paleontológicos de grande importância, que atestam a história e a evolução da região. Apesar do avanço representado pela criação da APA, que agora protege 9% da área remanescente da Caatinga em Alagoas, a região ainda enfrenta sérios desafios. Problemas como desmatamento, erosão do solo e destruição de habitats ameaçam a integridade desse ecossistema tão peculiar.
Por essa razão, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), que assume a gestão da APA, tem se dedicado a trabalhar em estreita colaboração com a comunidade local. O objetivo desse esforço é fomentar a conservação da biodiversidade ao mesmo tempo que se buscam formas de convivência sustentável. Isso implica em estratégias que evitem a exploração excessiva dos recursos naturais, vitais para a preservação da vida na região.
Álvaro dos Santos, gestor da APA Serra da Caiçara, enfatiza a importância de preservar um equilíbrio entre a conservação ambiental e o uso sustentável dos recursos. Para isso, sua gestão está desenvolvendo alternativas ecológicas e promovendo a possibilidade de turismo científico, o que poderia não apenas contribuir para a educação ambiental, mas também gerar um desenvolvimento econômico responsável em harmonia com a natureza. Essa abordagem mais sustentável busca garantir que tanto a natureza quanto as comunidades locais possam prosperar lado a lado.
Com informações e fotos da Semarh/AL
