O governo dos Estados Unidos entrou em colapso a partir deste 1º de outubro, depois de encontro frustrado entre Donald Trump e lideranças dos Democratas no Congresso, ocorrido na segunda-feira, e depois que o Senado, na noite de ontem, não conseguiu aprovar um projeto orçamentário para estender o financiamento federal a vários setores.
Diversos segmentos essenciais à vida da população norte-americana deverão ser paralisados desde já, afetando diretamente, sobretudo, o acesso a financiamentos imobiliários.
Os senadores democratas disseram a Trump durante o encontro que só aprovariam o orçamento proposto pelo governo se os programas de assistência médica, prestes a expirar, fossem prolongados, proposta que tem a discordância do mandatário norte-americano. Em consequência, tudo pode agora paralisar de vez.
Desde o ano de 1981 essa é a 15ª vez que os serviços públicos dos EUA sofrem paralisação, com o governo ficando impedido de gastar e levando milhares e milhares de servidores do Estado a serem colocados em licença, enquanto outros mais que trabalham em serviços essenciais poderão ter salários suspensos.
Esse parece ser o primeiro grande teste interno pelo qual Donald Trump sofre à frente do governo no seu segundo mandato. E será um testre de fogo, pois os democratas no Congresso, com amplos reflexos na sociedade em geral, não andam nada satisfeitos com as medidas descabidas e afrontosas que o presidente americano tem adotado em vários expectros, sem querer ouvir ninguem.
Uma dessas medidas geradoras de contrariedade à política e à população, tem sido a aversão plena e crescente que Donald Trump tem exposto em relação a estrangeiros residentes no país, que ele tem citado como “inimigos Internos”.
Nesta semana, por exemplo, o presidente veio a público para defender que as lideranças militares do país, ponham em prática a “cultura do macho” defendida por seu secretário de Defesa, Pete Hegseth.
Trump fez ameaças aos próprios militares, afirmando que eles podem perder suas patentes caso não atuem nesse enfrentamento, e disse que os EUA sofrem uma invasão vinda de dentro, não diferente de um inimigo estrangeiro, mas mais difícil em vários aspectos, porque eles não usam uniformes.
Trump se refere claramente aos imigrantes como a principal ameaça que está dentro do país, “muito piores dos que estão em outras regiões do planeta, como Europa (Rússia) e Ásia (China).
E é contra esses que se deve lutar. Ele sinalisou recentemente que pretende empregar mais soldados em áreas urbanas, como fez há pouco em Washington e ameaça fazer em Logs Ângeles e Chicago, e que algumas dessas cidades “perigosas poderão ser usadas como campos de treinamento para as Forças Armadas e a Guarda Nacional.”
Essa aversão de Donald Trump aos estrageiros é de tal modo espantosa e inacreditável, que ele tem voltado sua fúria e seu poder contra pesquisadores e estudantes de todo o mundo que frequentam ambientes universitários e de pesquisa científica nos Estados Unidos.
Ele tem intensificado uma campanha sem precedentes contra diversas universidades emblemáticas do país-, entre elas Havard, Columbioa e Princeton-, usando cortes de verbas e ameaças de perda de isenção fiscal como formas de impor uma agenda política conservadora e retrógrada.
Sob o pretexto de combater o antissemitismo, Trump exige o fim de programas de diversidade e põe dirigentes dessas instituições sob a mira de auditorias externas e controle absolutra sobre quem entra, regulando individualmente os perfis de pesquisadores.
Enquanto Trump expulsa cérebros exemplares, que poderiam de fato contribuir para maior desenvolvimento dos EUA em várias áreas, como notáveis cientistas de outros países fizeram por lá no passado, o presidente norte-ameriano prefere perseguir e e expulsar.
Mas o que Trump tem a proeza de fazer, a China está demonstrando exatamente o oposto no seu esforço concentrado para ter essas inteligências privilegiadas, criando as condiçoes governamentais para atraí-los de modo constante.
Agora mesmo, o governo chinês acaba de criar condições legais para atrair jovens talentos da ciência e tecnologia para ampliar a disputa global por mão de obra qualificada, uma medida que pode marcar a virada no fluxo internacional de profissionais altamente qualificados.
E os chineses não escondem de ninguém esse objetivo: querem dar à China o privilégio de abrigar os maiores cérebros da Ciência, desbancando de vez os Estados Unidos.
Por José Osmando