Ricardo Cavalcante Teixeira, um homem de 50 anos e pai de seis filhos, é um exemplo inspirador de resiliência e coragem. Após anos enfrentando os desafios impostos pela cirrose hepática, ele se tornou o primeiro paciente a receber um transplante de fígado no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, no dia 10 de janeiro. O impacto dessa cirurgia em sua vida é evidente: agora, ele celebra não apenas a saúde renovada, mas também a energia e a esperança que emergiram do processo de recuperação.
Antes do transplante, Ricardo vivia constantemente limitado. Os anos de doença o deixavam cansado, sem apetite e incapaz de participar das atividades que mais amava, como a pesca e as vaquejadas. Com profunda gratidão, ele compartilha que sempre mantivera uma atitude confiante em relação à vida e ao tratamento: “Sempre acreditei que um dia encontraria a solução. Hoje, sou grato a Deus por essa nova oportunidade. Viver sem dores e com energia é realmente um presente”, expressa emocionado.
A complexa cirurgia, que durou cerca de cinco horas, foi o marco inicial de sua transformação. Desde que recebeu alta, Ricardo tem se reintegrado à sua rotina, caminhando pelas ruas do centro da cidade onde trabalha e indo à praia, locais que antes eram fontes de frustração pela sua condição. “Antes, eu me cansava facilmente. Agora, posso caminhar com alegria e valorizar cada momento da vida”, acrescenta, destacando a diferença marcante que a cirurgia fez em seu dia a dia.
O acompanhamento pós-transplante é crucial para garantir o sucesso do procedimento, como enfatiza a hepatologista Lívia Falcão, que acompanha Ricardo. Segundo ela, o caso dele representa um importante avanço para a saúde pública de Alagoas. “O transplante hepático é muito mais do que uma cirurgia; é um tratamento que exige cuidados contínuos e monitoramento clínico, além do uso de medicações específicas”, aponta. Essa conquista não só muda a vida do paciente, mas também sinaliza um avanço significativo para o Sistema Único de Saúde, que agora oferece esse tipo de tratamento em uma unidade própria, ampliando o acesso a cuidados de saúde complexos para a população.
Com informações e fotos da Sesau/AL













