Na Serra do Craunã, localizada em Água Branca, um projeto de pesquisa voltado ao estudo do parasitismo em fauna silvestre está sendo realizado com a colaboração do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). Este estudo envolveu o uso de armadilhas fotográficas que documentaram a presença de diversas espécies, entre elas o punaré, mocó, gavião-carijó e mão-pelada, ao longo deste ano.
A pesquisa, liderada por Thayná Mota, consultora ambiental do IMA e mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), visa aprofundar o conhecimento sobre a presença de carrapatos na fauna silvestre, um aspecto crucial para entender a saúde dos animais e o risco de transmissão de zoonoses – doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos.
Os resultados preliminares já revelaram uma biodiversidade considerável na área estudada, englobando mamíferos, aves, répteis e várias espécies de aves em remanescentes de vegetação nativa. O trabalho realizado na Serra do Craunã é fundamental não apenas para a conservação da fauna local, mas também para a saúde pública, uma vez que o entendimento sobre os parasitas pode ajudar a prevenir surtos e doenças relacionadas.
Além do IMA, a pesquisa conta com a parceria do Museu de História Natural da Ufal (MHNUFAL) e do Laboratório de Parasitologia (LABPa – ICBS/Ufal). Thayná ressaltou a importância dessa colaboração, afirmando que o trabalho em conjunto proporciona avanços significativos na produção de conhecimento científico e na formação de uma base sólida para a conservação ambiental. Este esforço coletivo não só gera ciência, mas também beneficia a sociedade, que é a principal interessada na preservação das unidades de conservação e na proteção da biodiversidade.
A pesquisa em andamento, portanto, não apenas amplia o conhecimento sobre a fauna da região, mas também traz implicações diretas para a saúde pública e a preservação ambiental, reforçando a importância de esforços conjuntos no que diz respeito à manutenção de ecossistemas saudáveis e equilibrados. A Serra do Craunã, com sua rica biodiversidade, se torna um laboratório a céu aberto, oferecendo oportunidades valiosas para a ciência e o desenvolvimento sustentável.
Com informações e fotos da Semarh/AL